terça-feira, 13 de maio de 2014

Coragem e Responsabilidade

Quando o ser humano descobre o Espiritismo é tomado por especial alegria de viver, passando a compreender as razões lógicas da sua existência, os mecanismos que trabalham em favor da felicidade, experimentando grande euforia emocional.
Quando o Espiritismo penetra na mente e no sentimento do ser humano, opera-se-lhe uma natural transformação intelecto-moral para melhor, propondo-lhe radical alteração no comportamento que enseja a conquista de metas elevadas e libertadoras.
Quando o indivíduo mantém os primeiros contatos com a Doutrina Espírita, vê-se diante de um mundo maravilhoso, rico de bênçãos que pretende fruir, deixando-se fascinar pelas propostas iluminativas de que é objeto.
Quando o Espiritismo encontra guarida no indivíduo, logo se lhe despertam os conceitos de responsabilidade, coragem e fidelidade à nova conquista.
Nem todos, porém, alteram a conduta convencional a que se acostumaram. Ao entusiasmo exagerado sucede o convencionalismo do conhecimento sem a sua vivência diária, aguardando recolher conveniências e soluções para os problemas afligentes, sem maior esforço pela transformação moral. Não se afeiçoando ao estudo correto dos postulados espíritas e neles reflexionando, detêm-se nas exterioridades das informações que recolhem, nem sempre verdadeiras, tornando-se apenas beneficiários dos milagres que esperam lhes aconteçam a partir do momento da sua adesão.
Com o tempo e a frequência às reuniões, acomodam-se ao novo ritualismo da participação sem realizações edificantes, ou entregam-se à parte da assistência social, procurando negociar com Deus o futuro espiritual em razão do bem e da caridade que acreditam estar realizando.
O conhecimento do Espiritismo de forma natural e consciente desperta os valores enobrecidos da responsabilidade e da coragem indispensáveis à existência ditosa.
Todo conhecimento nobre liberta o ser humano da ignorância, apresentando-lhe a realidade desvestida dos formalismos e das ilusões, na sua fase mais bela e significativa, por ensejar a conquista dos valores legítimos que devem ser cultivados.
O homem livre da superstição e dos complexos mecanismos da tradição da fé imposta redescobre-se e exulta por compreender que é o autor de todas as ocorrências que lhe sucedem, exceção ao nascimento e à desencarnação, e mesmo essa, dependendo muito do seu comportamento durante a vilegiatura física, podendo antecipá-la ou postergá-la.
Adquire a responsabilidade moral pelos atos, não mais se apoiando nas bengalas psicológicas de transferir para os outros a razão dos insucessos que lhe ocorrem, dando lugar aos sofrimentos e suas inevitáveis consequências.
Compreende que uma excelente filosofia não basta para proporcionar uma existência feliz, mas sim a vivência dos seus ensinamentos, que se tornam responsáveis pelo que venha a ocorrer-lhe na área do seu comportamento moral.
É comum a esses adeptos precipitados, passado algum tempo, apresentarem-se decepcionados e tristes, informando que esperavam muito mais do Espiritismo e que encontraram pessoas confusas e perversas, insensatas e desequilibradas no seu Movimento.
Da alegria exagerada passam à crítica contumaz, à maledicência, ao azedume.
Afinal, essa responsabilidade não é do Espiritismo, mas daqueles que o visitam levianamente e não incorporam à vida espiritual os ensinamentos excepcionais de que se constitui a sã doutrina.
De igual maneira que esses neófitos não se preocuparam em conseguir a auto iluminação o mesmo sucedeu com outros adeptos que os precederam, acostumados que estavam ao ócio espiritual, à leviandade religiosa, aguardando sempre receber sem a menor preocupação em contribuir.
O Movimento Espírita não é o Espiritismo. O primeiro é constituído pelos indivíduos, bons e maus, conhecedores e ignorantes das verdades do mundo espiritual, ativos ou ociosos, que se deveriam integrar de corpo e alma ao serviço de renovação interior e da divulgação pelo exemplo. No entanto, para esse cometimento é necessária a coragem da fé, essa robustez de ânimo que enfrenta as dificuldades de maneira lúcida e clara, com destemor e espírito de ação, para remover-lhes os obstáculos e alcançar os patamares mais elevados de harmonia e de bem-estar.
Em muitos, que permanecem na irresponsabilidade do comportamento e na falta de coragem para arrostar as consequências da sua conversão ao Espiritismo, demorando-se na dubiedade, nas incertezas que procuram não esclarecer, receando os impositivos da fidelidade pessoal à doutrina, instalam-se as justificativas infantis para prosseguirem sem alteração, esperando que os Espíritos realizem as tarefas que lhes dizem respeito.
Outros ainda, viciados na conduta da inutilidade, esperam ter resolvido todos os problemas de saúde, família, economia, surpreendendo-se, quando convocados aos fenômenos existenciais das enfermidades, dos desafios domésticos e financeiros, sociais e profissionais, que desejavam não lhes ocorressem em decorrência da sua adesão ao Espiritismo...
Só mesmo a mente insensata pode elaborar conceito dessa magnitude: a adesão a uma doutrina feliz basta para que tudo lhe ocorra a partir de então, de maneira especial e magnífica!
O Espiritismo enseja a compreensão dos fatores existenciais, dos compromissos que a cada qual dizem respeito, do esforço que deve ser envidado em favor da construção do próprio futuro. Elucida as situações dolorosas, explicando as suas causas e oferecendo os instrumentos para a sua erradicação, com a consequente construção dos dias felizes do porvir.
Eis por que se impõe, logo após a adesão aos seus postulados, de par com a responsabilidade da conduta, a coragem para as mudanças interiores que devem acontecer ao largo do tempo, com a vigilância indispensável à produção de fatores elevados para o desenvolvimento intelecto-moral que aguarda o candidato às suas fileiras.
Tomando como modelar a conduta de Jesus, o Espiritismo trá-Lo de volta, desmistificado das fábulas com que O envolveram através dos tempos, real e companheiro de todos os momentos, ensinando sempre pelo exemplo de que as Suas palavras se revestem.
O espírita sincero, que se redescobre através do conhecimento doutrinário, transforma-se em verdadeiro cristão, conforme os padrões estabelecidos pelo Mestre galileu.
Não se permite justificativas infantis após os insucessos, levanta-se dos erros e recomeça as atividades tantas vezes quantas ocorram, tem a coragem para o auto enfrentamento libertando-se dos inimigos de fora para vencer aqueles de natureza interna, sempre disposto a servir e a amar.
Evocando os mártires do Cristianismo primitivo, enfrenta hoje valores decadentes da ética e da moral, graves problemas sociais e morais, que lhe exigem sacrifício para uma existência honorável sem os conchavos com a indignidade, a traição e o furto legalizado.
Torna-se alguém intitulado como portador de comportamento excêntrico, porque tem a coragem de manter a vida saudável, mantendo-se digno em todas as circunstâncias, responsável pelos pensamentos, palavras e atos, incompreendido e, não poucas vezes, perseguido, mesmo nos locais em que labora doutrinariamente, em face da conduta doentia dos acostumados à leviandade e ao ócio.
Sem qualquer dúvida, a adesão ao Espiritismo impõe a consciência de responsabilidade e de coragem, para tornar-se verdadeiramente espírita todo aquele que lhe sinta a sublime atração.
Vianna de Carvalho
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 10 de agosto de 2009, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.
Em 15.02.2010.

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O Espiritismo

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Os dias graves do Senhor

Estes são os dias, os dias graves do Senhor!
É necessário que as criaturas humanas abramo-nos ao Evangelho restaurado e nos permitamos ser instrumentos do Condutor de Vidas, para que possamos aplainar os caminhos que a Sua Misericórdia vem percorrer.
Espíritas!
Assumistes um compromisso antes do berço. Firmastes no Além um documento de responsabilidade para proclamar o Reino de Deus na Terra, no momento das grandes aflições.
Pedistes o testemunho e o sofrimento para respaldarem a qualidade da vossa tarefa.
Não recalcitreis, pois, ante o espinho do testemunho.
Permanecei solidários para que não experimenteis solidão.
Cantai um hino de louvor e de bem-aventuranças, para que as vossas não sejam as lágrimas do remorso, ao contrário, sejam as da gratidão.
Não postergueis o momento da renovação interior.
Se colheis, por enquanto, os cardos e se sorveis a taça da amargura que preparastes antes, semeai paz, alegria e amor para a colheita do futuro.
O Espiritismo é Jesus voltando de braços abertos e trazendo no Seu séquito os corações afetuosos que vos anteciparam na viagem de volta ao Grande Lar, e que, numa canção de júbilo, agradecem a Deus a honra de participarem da Era Nova do Espírito imortal.
Tornai-vos sábios na simplicidade, na cordura, na gentileza e ricos na compaixão.
O amor cobre a multidão dos pecados e a compaixão coroa o amor de ternura.
Começando por agora, aqui, o trabalho de lapidação do caráter para melhor, conseguireis, como estamos tentando conseguir, a palma da vitória.
Nada que vos atemorize. Que mal podem fazer aqueles que caluniam, que mentem, que perseguem, se tudo quanto fizerem perde o seu sentido no túmulo?
Jornaleiros da Imortalidade, avançai cantando Jesus para os ouvidos moucos do mundo, e apresentando-O para os que se ocultaram nas furnas da loucura, das sensações e do despautério.
Hoje é o momento sublime de construir e, em breve, o momento de ser feliz.
Muita paz, meus filhos. Com todo carinho, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da Conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 26 de agosto de 2010.

domingo, 11 de maio de 2014

Ser Mãe na Visão Espírita

  • "O amor materno é um sentimento instintivo e uma virtude". "Quando nasce na mulher o sentimento de abnegação e devotamento em relação aos filhos, essa energia psíquica inicialmente instintiva atinge o grau de virtude. Esse amor persiste por toda a vida, sobrevive mesmo à própria morte, acompanhando o filho até no além-túmulo". (pergunta 890, do Livro dos Espíritos).
  • Ser mãe é assumir a responsabilidade de contribuir com Deus na construção da humanidade ditosa do futuro, auxiliando outra alma em sua caminhada evolutiva.
  • Para cumprir missão de tal envergadura, tem de superar desafios e, muitas vezes, renunciar a seu próprio bem-estar.
  • Ser mãe é viver em júbilo por compartilhar com Deus o dom da vida, é viver de emoção em emoção, sofrendo resignadamente, mas seguindo sempre e corajosamente.
  • Ser mãe é cantar de alegria, mesmo na estrada das adversidades; é ter garra, força e coragem para auxiliar o ser amado na busca da felicidade.
  • Sempre pronta a segurar na mão do seu rebento amado quando das dificuldades da passagem, orienta sobre o bem e o mal, mas respeita-lhe a individualidade e permite-lhe o livre arbítrio.
  • Ser mãe é receber como filhos, espíritos com os quais mantém laços de afinidade (simpatia) ou de resgates (quando têm dívidas um para com o outro), tendo "outra" oportunidade para que te redimas e aprendas junto com ele.
  • Ser mãe na Terra, é ter a marca de Deus na alma, é saber ser feliz com pequenas coisas, como o ajudar constante, o amparar solícito, o afago de amor.
  • Ser mãe é transmitir uma herança nobre às gerações que lhe seguem (seu exemplo é a força dominante na vida daqueles que convivem com ela, que o herdam e transmitem às gerações futuras), é instruir os filhos no caminho em que deve andar. É receber como missão preparar as vidas daqueles que Deus lhe confiou, para que os propósitos divinos sejam neles concretizados.
  • Toda mulher, de alguma forma, é mãe. Se não é mãe do filho que gerou em seu próprio ventre, é mãe de um sobrinho, de alguém por quem desenvolve afeto. Este sentimento se caracteriza por um amor forte, profundo e desinteressado, que nada exige e que a tudo é capaz de renunciar para ver os amados felizes. A Maternidade é inerente às mulheres. É uma dádiva divina especialmente dirigida a elas.
  •  A maternidade e uma dádiva. Ajudar um pequenino a desenvolver-se e a descobrir-se, tornando-se um adulto digno, é responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se transforma em mãe.
  • E toda mulher que se permite ser mãe, da sua ou da carne alheia, descobre que o filho que depende do seu amor e da segurança que ela transmite, é o melhor presente que Deus lhe deu.

 *****
O amor que remove montanhas,
o amor que inspira a todos a desejarem um mundo melhor,
o ser humano que ama a todos como a si mesmo,
e que deseja apenas ser  . . . ser luz  e finalmente
 encontrar  o Reino de Deus
em seu coração !!!
*

Irene Ibelli
Empreendedora Digital, Humanista e Espiritualista
Eleita Cidadã Planetária Pelo Projeto
Vôo da Águia

Em louvor das Mães

O lar é a célula ativa do organismo social e a mulher, dentro dele, é a força essencial que rege a própria vida.
Se a criança é o futuro, no coração das mães que repousa a sementeira de todos os bens e de todos os males do porvir.
O homem é o pensamento.
A mulher é o ideal.
O homem é a oficina.
A mulher é o santuário.
O homem realiza.
A mulher inspira.
Compreender a gloriosa missão da alma feminina, no soerguimento na Terra, é apostolado fundamental do Cristianismo renascente em nossa Doutrina Consoladora.
Auxiliar, assim, o espírito materno, no desempenho de sua tarefa sublime, constitui obrigação primária de todos nós que abraçamos nos Centros Espíritas novos lares de idealismo superior e que buscamos na Boa Nova do Divino Mestre a orientação maternal para a renovação de nossos destinos.
Nesse sentido, se nos cabe reconhecer no homem o condutor da civilização e o mordomo dos patrimônios materiais na gleba planetária, não podemos esquecer que na mulher devemos identificar o anjo da esperança, ternura e amor, a descer para ajudar, erguer e salvar nos despenhadeiros da sombra, oferecendo-nos, no campo abençoado da luta regenerativa, novos tabernáculos de serviço e purificação.
Glorifiquemos, desse modo, o ministério santificante da maternidade na Terra, recordando que o Todo-Misericordioso, quando se designou enviar ao mundo o seu mais sublime legado para o aperfeiçoamento e a elevação dos homens, chamou um coração de mulher, em Maria Santíssima, e, através das suas mãos devotadas à humanidade e ao bem, à renunciação e ao sacrifício, materializou para nós o coração divino de Nosso Senhor Jesus Cristo, a luz de todos os séculos e o alvo de redenção da Humanidade inteira.
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Cartas do Coração. Espíritos Diversos. LAKE.
* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 6 de maio de 2014

Fenômenos Medianímicos

Os fenômenos medianímicos podem ser semelhantes em diversas pessoas, mas cada alma tem um modo peculiar de registrá-los. A mediunidade de vidência é empregada seguindo as concepções que caracterizam o modo de ser dos indivíduos.
O sensitivo está sujeito às interpretações das ideias e inspirações que povoam o ambiente espiritual em que vive, mas só é capaz de reproduzi-las ou captá-las de conformidade com seu horizonte existencial.
Os denominados "quadros fluídicos", tanto os criados pela mente do próprio sensitivo como aqueles oriundos de outro encarnado, ou mesmo de algum desencarnado, são processados no "chakra" frontal, onde se localiza o intitulado "terceiro olho". Esse "chakra" é o responsável pela maioria dos fenômenos da visão astral.
Todos os fenômenos psíquicos solicitam filtragem no crivo da razão. Saber intelectualmente não basta. A miopia espiritual causa um enorme dano na clareza das faculdades psíquicas.
Se assistíssemos apenas quinze minutos de uma peça teatral não entenderíamos de maneira clara a mensagem da apresentação artística. Se olhássemos um pintor esboçando a obra idealizada, veríamos só algumas linhas ou traços aparentemente desconexos.
A visão mediúnica requer amadurecimento psíquico e espiritual; deve ser exercitada para tornar-se cada vez mais lúcida. Quando estamos aprendendo a lidar com as forças espirituais, o entendimento ou a elucidação não aparecem, até que tenhamos compreendido a lição por completo.
Experiências repetidas nos fazem sentir, refletir e questionar. Ninguém neste mundo consegue crescer ou evoluir sem errar, e nossos desacertos acabam nos ensinando a interpretar melhor todas as coisas.
Toda vidência contém em si uma ampla mensagem. A compreensão de uma visão astral apenas surge em virtude de sua interpretação; é esta que consente que tenhamos o entendimento total de seu significado.
A Imensidão dos Sentidos - Francisco do Espírito Santo Neto

pelo Espírito Hammed

sábado, 3 de maio de 2014

O trabalho é uma Lei Natural

TRABALHO: UMA LEI NATURAL
 "Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal;por isso, lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e achará, trabalha e produzirás; dessa maneira, serás o filho das tuas obras, delas terás o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito.”
“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. XXV, item 3
Segundo Vera Meira Bestene , na conceituação genérica, trabalho é a “ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma coisa”. Nos mundos mais evoluídos e nos inferiores, a natureza do trabalho não é a mesma, pois que ela está diretamente ligada às necessidades de cada um, sendo a inatividade, a ociosidade, um verdadeiro suplício.
Cada vez mais estamos conscientes que estudar é preciso, trabalhar é necessário e amar ao próximo é o menor caminho para estar em Deus. A consciência do trabalho, da atividade constante em prol de nós mesmos e de outrem, é necessidade evolutiva e nos é oferecida em igualdade de condições, conforme nosso merecimento, conhecimento e responsabilidades assumidas nesta vida e em anteriores.
O trabalho está alicerçado em princípios morais, principalmente no amor, e, por isto mesmo, ao lado da oração, é um dos maiores antídotos contra o mal, pois que corrige imperfeições e disciplina a vontade. “A ociosidade é a casa do demônio” é a máxima popular que bem explica que quando nada se faz se faz muito mal, pois que aí estão o egoísmo, o pensamento deprimente, a negatividade e as tentações.
O trabalho, entretanto, longe de ser apenas aquele de ordem material, física, é também aquele que se desenvolve através de ações inteligentes, intelectuais, objetivando a cultura, a arte, o conhecimento, o desenvolvimento e a ciência. Podemos ver que a própria evolução material do homem está ligada diretamente ao trabalho.
Com o passar dos tempos e as reencarnações, as evoluções oriundas do trabalho intelectual geram melhoramento na forma de produzir, pois que ao homem cabe a missão de trabalhar pela melhoria do planeta. Assim, podemos dizer que o trabalho remunerado é a forma que o homem tem de modificar o meio em que vive e produzir a melhoria do todo em geral.
Acontece, porém, que com a evolução da humanidade, a questão da oportunidade de trabalho fica cada vez mais limitada, e não se processa mais assim tão simplesmente como no passado, em que as profissões eram passadas de pai para filho. Há marcos importantes, como o dia 1.º de Maio, Dia do Trabalho, ou o Dia da Abolição da Escravidão no Brasil, (em 13 de Maio de 1888) quando se comemora avanços na preservação dos direitos humanitários do homem. E então, deparamo-nos com o desemprego, a falta de oportunidade para a qualificação profissional, o subemprego, a marginalização do trabalhador, enfim problemas sociais graves que nos obrigam a repensar sobre as causas dessa dificuldade em usufruirmos com tranquilidade esta Lei Natural: a Lei do Trabalho!
Reportamo-nos à lei de Causa e Efeito e os motivos enumeram-se incontáveis à nossa frente. Porém precisamos nos fixar no presente e sempre que estivermos passando por situações semelhantes, nos questionemos sobre o que precisamos aprender com a situação que estamos vivenciando.Quem sabe, se aquele competente engenheiro que se encontra há meses desempregado, sem conseguir o mesmo tipo de oportunidade e o mesmo nível salarial compatível com sua capacidade, não esteja necessitando aprender outro tipo de atividade profissional ampliando assim suas capacidades latentes que até ele próprio desconhecia? Na essência o aprendizado seria aprender a lidar com as mudanças! E não um castigo de Deus, o referido desemprego!
A vida é um eterno aprendizado e nada acontece por acaso e para a infelicidade do próprio homem. Aquilo que é um mal aos nossos olhos, com certeza é um bem, um estímulo à evolução dele mesmo. E isso nos lembra o velho ditado popular: “Se a vida lhe oferecer um limão, esprema-o, coloque água e açúcar e faça uma limonada!”.
TRABALHO VOLUNTÁRIO
Há, entretanto, uma outra forma de trabalho, que não rende moeda,nem produz conforto maior, tampouco crescimento permanente da conjuntura econômica. Este é o trabalho-abnegação, o qual não produz troca ou remuneração, mas que redunda em crescimento de si mesmo no sentido moral e espiritual. Modernamente a este trabalho dá-se o nome de TRABALHO VOLUNTÁRIO.
No primeiro caso, o trabalho gerando crescimento material e progresso social, desenvolve uma melhora exterior da criatura, enquanto o segundo, o trabalho voluntário, ascende no sentido vertical da vida e modifica,transforma o homem de dentro para fora, superando a si mesmo como instrumento da misericórdia divina.
Jesus, nosso modelo de homem na Terra, nos infunde coragem, estimula o trabalho-serviço, o trabalho-redenção, fraternal, procurando manter a sociedade unida, acalentando os menos favorecidos, dando conforto aos necessitados de toda ordem. “Hão de se perguntar: Como gozar os frutos se não recebemos dinheiro pelo que produzimos?”
Emmanuel, no livro “Perante Jesus” nos fala do trabalho voluntário explicando–nos como nos chega a remuneração mais do que compensadora por trabalharmos pelo simples prazer de servir, desinteressadamente. Vera Meire Bestene menciona que quando o trabalho se transforma em prazer de servir surge o ponto mais importante da remuneração espiritual: Toda vez que a justiça divina nos procura no endereço exato para a execução da sentença que determinamos a nós próprios, segundo a lei de causa e efeito, se nos encontra a serviço do próximo, manda a justiça divina que seja suspensa a execução, por tempo indeterminado.
As pessoas nem imaginam o bem que estão fazendo a si próprias quando se dedicam a realizar algum trabalho sem a respectiva recompensa financeira. O voluntariado é hoje uma verdadeira explosão, uma vez que está transformando hábitos, sobretudo quando realizado por jovens. É uma característica comum aos jovens a vontade de ajudar, de ser útil, de diminuir a dor alheia, praticando assim a solidariedade. O incentivo cabe aos mais velhos, exercê-lo.
As maravilhosas obras beneméritas e de caridade erguem-se no planeta, materializando pensamentos de bondade. Ao trabalho voluntário todos somos chamados, entretanto, aos que deixaram passar a oportunidade, conclamamos agora: Venha compor esta fileira. Deixe de lado as desculpas do “não tenho tempo”, “meus filhos são pequenos”, “meu marido é sistemático”, “quando aposentar vou ajudar vocês”, “minha família necessita de mim”. Não adie a tarefa do auxílio. É necessário se conscientizar da responsabilidade que temos em relação ao próximo. A firmeza de propósitos, o espírito de altruísmo precisam ser ativados. O maior beneficiado é sempre quem auxilia.
Emmanuel, no livro Pronto Socorro recomenda: “Não te esqueças do tempo e auxilia agora”. É tempo de agir, de aprender que o doar-se de forma absolutamente desinteressada, é semeadura de amor e libertação, pois que a justiça divina dá a cada um segundo o seu merecimento e o seguimento da máxima de Cristo “Ama o próximo como a ti mesmo” extirpando o egoísmo e a arbitrariedade o quanto antes de nosso comportamento.
O trabalho é e será o único meio de evolução do ser encarnado ou desencarnado e, sem trabalho, não há progresso, sem trabalho voluntário não há evolução espiritual e não há luz. A forma que cada um pode ser mais útil para o maior número de pessoas, é análise pessoal, mas nos cabe alertar a importância do auxílio, da cooperação de acordo com a capacidade e possibilidade de cada um, mas sempre há e haverá um trabalho, uma tarefa que diante da boa vontade e do amor, será sempre, simples, prazerosa e fácil.
Realiza o teu compromisso, por menos significante que te pareça, pois que esta será a base para grandes realizações futuras.
É tempo de agir, de aprender que o doar-se de forma absolutamente desinteressada, pois que a justiça divina dá a cada um segundo o seu merecimento e o seguimento da máxima de Cristo “Ama o próximo como a ti mesmo” .

Mensagens do Além

Mensagens do Além. Para quem são??

Esta é a pergunta que você nos faz com a tranqüilidade dos que ignoram o sofrimento humano.
E respondemos que semelhantes comunicados transitam hoje em todos os distritos do mundo, com endereço exato e no momento certo.

Não sei se você conhece as mães atormentadas pela saudade dos filhos que a morte lhes arrebatou ao carinho, notadamente quando apenas começavam a viver; se já viu os pais amorosos tateando as cruzes que marcam as derradeiras lembranças dos rebentos queridos que viajaram para o Mais Além, através das fronteiras de cinza; pensou-se, algum dia, no pranto das viúvas, relegadas à solidão, ante a partida compulsória dos companheiros transferidos para outros domínios da existência; se alguma vez refletiu na dor dos homens que apertaram as mãos desfalecentes de esposas inesquecíveis que eles, em vão, quiseram arrancar ao poder do silêncio que lhes cerrou os olhos para o mundo; se, em algum tempo, meditou, angústia dos jovens que inutilmente procuram algum traço dos entes que amavam, muitas vezes alimentando o desespero que lhes abre caminho para o suicídio; ou se já terá visto, em algum lugar, os portadores de enfermidades consideradas irreversíveis, que atravessam os dias, entre a inquietação; e o desalento...

Se você tomou conhecimento de todos esses heróis das lágrimas, defrontados quase sempre, por sofrimentos e humilhações, então você já consegue saber para quem são as mensagens de quantos residem no Mais Além, e, decerto, nada mais precisará perguntar.

XAVIER, Francisco Cândido. Presença de Luz. Pelo Espírito Augusto Cezar Netto. GEEM.

* * * Estude Kardec * * *

terça-feira, 29 de abril de 2014

Medo da mudança

Toda a mudança gera medo, porque toda mudança o leva ao desconhecido, a um mundo estranho.
Se nada mudar e tudo permanecer estático, você nunca terá medo algum.
Isto significa que se tudo estiver morto, você não terá medo.
Por exemplo, você está sentado e existe uma rocha ao seu lado. Não há nenhum problema: você olha para a rocha e está tudo bem. De repente, a rocha começa a se mover; você fica assustado. Vivo!
Movimento gera medo; e se tudo estiver parado, não há nenhum medo. Eis porque pessoas, com medo de cair em situações temerosas, arranjam uma vida sem mudanças. Tudo permanece na mesma e a pessoa segue uma rotina morta, completamente esquecida de que a vida é um fluxo.
Ela permanece numa ilha própria onde nada muda. A mesma sala, as mesmas fotografias, a mesma mobília, a mesma casa, os mesmos hábitos, as mesmas camas - tudo na mesma. Entre isso, no meio dessa mesmice, a pessoa sente-se à vontade.
As pessoas vivem quase que em seus túmulos.
O que chama de uma vida conveniente e confortável não é nada senão um túmulo disfarçado.
Então, quando você começa a mudar, quando começa na jornada do espaço interior, quando se torna um astronauta do espaço interior, tudo está a mudar depressa, cada momento tremendo de medo. Desse modo, mais e mais medo precisa ser enfrentado.
Deixe o medo estar lá. Pouco a pouco começará a desfrutar tanto das mudanças que estará preparado a qualquer custo.
Mudanças irão dar-lhe vitalidade. Mais vivacidade, alegria, energia.
Então você não será como um poço - fechado por todos os lados, estático.
Você se tornará como um rio correndo em direção ao desconhecido, em direção ao oceano onde desaparece.

(Osho​)

domingo, 27 de abril de 2014

Aflição vazia

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos. 
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço. 
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva. 
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranqüila. 
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária... 
Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado. 
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia. 
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho. E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser. 
* * * 

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Encontro marcado.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

sábado, 26 de abril de 2014

Dentro do Lar

Famílias-problemas!...
Irmãos que se antagonizam...
Cônjuges em lamentáveis litígios...
Animosidades entre filho e pai, farpas filha e mãe...
Afetos conjugais que se desmantelam torvas acrimônias...
Sorrisos filiais que se transfiguram idiossincrasias e vinditas...
Tempestades verbais em discussões extemporâneas...
Agressões infelizes de conseqüências fatais...
Tragédias nas paredes estreitas das famílias...
Enfermidades rigorosas sob látegos de impiedosa maldade...
Mãos encanecidas sob tormentos de filhos dominados por ódios inomináveis.
Pais enfermos açoitados por filhas obsidiadas, em conúbios satânicos de reações violentas em cadeia de ira...
Irmãos dependentes sofrendo agressões e recebendo amargos pães, fabricados com vinagre e fel de queixa e recriminações...
Famílias em guerras tiranizantes, famílias-problemas!
*
É da Lei Divina que o infrator renasça ligado à infração que o caracteriza.
A justiça celeste estabeleceu que a sementeira tem caráter espontâneo, mas a colheita tem impositivo de obrigatoriedade.
O esposo negligente de ontem, hoje recebe no lar a antiga companheira nas vestes de filha ingrata e maldizente.
A nubente atormentada, que no passado desrespeitou o lar, acolhe nos braços, no presente, o esposo traído vestindo as roupas de filho insidioso e cruel.
O companheiro do pretérito culposo se reivincula pela consangüinidade à vítima, desesperada, reencontrando-a em casa como irmão impenitente e odioso.
O braço açoitador se imobiliza sob vergastadas da loucura encarcerada nos trajos da família.
Desconsideração doutrora, desrespeito da atualidade.
Insânia gerando sandice e criminalidade alimentando aversões.
Chacais produzindo chacais.
Lobos tombando em armadilhas para lobos.
Cobradores reencarnados junto às dívidas, na província do instituto da família, dentro do lar.
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Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua família-problema, exercitando humildade e resignação.
Preserva a paciência, elaborando o curso de amor nos exercícios diários do silêncio entre os panos da piedade para os que te compartem o ninho doméstico, revivendo os dias idos com execrandas carantonhas, sorvendo aze­ dume e miasmas.
Não renasceste ali por circunstância anacrônica ou casual.
Não resides com uma família-problema por fator fortuito nem por engano dos Espíritos Egrégios.
Escolheste, antes do retorno ao veículo físico, aqueles que dividiriam contigo as aflições superlativas e os próprios desenganos.
Solicitaste a bênção da presença dos que te cercam em casa, para librares com segurança nos cimos para onde rumas.
Sem eles faltariam bases para os teus pés jornadeiros.
Sem a exigência deles, não serias digno de compartilhar a vilegiatura espiritual com os Amorosos Guias que te esperam.
São eles, os parentes severos nos trajos de verdugos inclementes, a lição de paciência que necessitas viver, aprendendo a amar os difíceis de amor para te candidatares ao Amor que a todos ama.
A mensagem espírita, que agora rutila no teu espírito transformado em farol de vivo amor e sabedoria, é o remédio-consolo para tuas dores no lar, o antídoto e o tratado de armistício para o campo de batalha onde esgrimas com as armas da fé e da bondade, apaziguando, compreendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores para o futuro...
Apóia-te ao bastão da certeza reencarnacionista, aproveita o padecimento ultriz, ajuda os verdugos da tua harmonia, mas dá-lhes a luz do conhecimento espírita para que, também eles, os problemas em si mesmos, elucidem os próprios enigmas e dramas, rumando para experiências novas com o coração afervorado e o espírito tranqüilo.
FRANCO, Divaldo Pereira. SOS Família. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 9.

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