ENTRE O CÉU E
A TERRA
Para saber
pedir com segurança, é imprescindível saber dar.
O homem não é
somente o filho de Deus no mundo, é também o cooperador de Sua obra terrestre.
É por isso
que, em toda parte vemo-lo em regime de sociedade com a Providência Divina, no
qual o Senhor, na condição de proprietário da vida e o espírito humano na
posição de usufrutuário dela, se reúnem na concessão e no concurso, na
administração e na execução, oferecendo ao trabalho quotas expressivas de
recurso e de esforço, de suprimento e proveito.
*
O Todo
Misericordioso concede ao lavrador a gleba indicada à produção do alimento, mas
se o homem do campo, pretende a colheita justa retribuir-lhe-á com o próprio
suor; cede ao arquiteto o material de construção, mas a casa não se levanta sem
braços que a sustentem; confere ao homem e à mulher a alegria do templo
familiar, enriquecendo-os de esperança e de amor, entretanto, se os detentores
de semelhante ventura esperam no lar a edificação da felicidade, cabe-lhes
empenhar o próprio coração ao apoio recíproco, de modo a garantirem a benção
conquistada.
*
Não bastará
converter a confiança em rogativas ao Céu, para que o Céu nos responda com
simpatia e favor.
É necessário
consultar a nossa própria atitude junto aos valores em mão, a fim de que não
estejamos reformando debalde os empréstimos contraídos.
Muitos esperam
que o fracasso lhes reacenda a vigilância, no entanto, se cada um de nós
permanece firme no trato de responsabilidades que a vida nos delegou, consoante
as nossas próprias necessidades, sem deserções e sem dúvidas, nossa própria
tarefa será uma oração contínua ao Céu, na permanente comunhão entre a nossa
vida fragmentária e a Vida Total, transformando todas as nossas preces de
exaltação ou de súplica em cânticos silenciosos e vivos de reconhecimento e
louvor.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito
Emmanuel. IDE. Capítulo 18.
* * * Estude Kardec * * *
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