A REENCARNAÇÃO NA VIDA DO
ESPÍRITO
A finalidade maior da
reencarnação é dar oportunidade ao Espírito para que vivencie novas
experiências, que lhe permitam modificar a anterioridade, conforme programação
escolhida na espiritualidade.
A reencarnação é um meio de
educar o Espírito. Através dela ele reorganiza seu perispírito, renova os
quadros da memória e fortalece a vontade.
A reencarnação, quanto mais
entendida mais útil será ao Espírito no sentido de aproveitar todas as
oportunidades de crescimento.
Quando o Espírito prepara-se
para reencarnar recebe o amparo, que lhe dá o ensejo de prosseguir em busca do
progresso.
A reencarnação não é apenas um
voltar, nem um simples nascer de novo. É um replanejar, em busca de novos
comportamentos que deem ao Espírito condições para reeducar suas estruturas
mentais.
A reencarnação tem uma
imantação energética, por ser um vetor atrativo para o Espírito. Assim, as
escolhas do Espírito no planejamento reencarnatório estão diretamente ligadas a
seus vetores atrativos. A partir dos seus conteúdos energéticos, os Espíritos
se atraem ou se repelem, através das energias provindas dos sentimentos
desenvolvidos pelo Espírito em outras circunstâncias.
Quando o Espírito foge das
escolhas programadas poderá ter grandes transtornos, gerando relacionamentos
agressivos e desajustados.
É fácil fugir, virar as costas
para as escolhas programadas, mas a fuga traz sérios comprometimentos,
retardando ou desalinhando a marcha do Espírito.
Algumas reencarnações expressam
maior comprometimento com a lei divina. As reencarnações compulsórias ou outras
dificuldades que demonstram o estado de alienação do Espírito são orientadas
pelos amigos espirituais superiores, encarregados desse mister. Porém, toda
reencarnação, por mais difícil que seja, é notificada ao espírito quanto ao
planejamento estabelecido.
O Espírito nem sempre é capaz
de participar diretamente do seu planejamento reencarnatório, devido aos
insucessos provocados pela vontade enfraquecida ou o pensamento viciado.
A reencarnação não é uma
cobrança para o Espírito, como comumente ouvimos dizer: "estamos pagando
nossas dívidas". Essa afirmação impõe uma vibração de revolta, uma postura
de vítima, impedindo o Espírito de perceber a nova existência como a
oportunidade de educação de suas más tendências.
As Leis de Deus se estendem a
todos e estão sempre em consonância com a verdade. Cabe ao Espírito acertar-se
consigo mesmo, corrigindo o que ele mesmo danificou. Muitas vezes perdemos a
oportunidade de aproveitar a reencarnação como um mecanismo evolutivo por
ignorar as leis que regem esses princípios.
Quando descobrirmos
verdadeiramente, que somos Espíritos, teremos outros tipos de pensamentos
e novas lutas a travar em nossa intimidade.
Uma reencarnação provacional
representa para o Espírito a sublime oportunidade de reconciliação com a
própria lei. O Espírito não é vítima, pois, na verdade está se educando através
da nova roupagem que o Pai lhe concedeu.
O perispírito registra os
sentimentos doentes a serem transformados. Como evoluir com o perispírito
denso, comprometido por vibrações enfermas que partiram de sua própria
intimidade espiritual?
Através de nova oportunidade
reencarnatória, o Espírito remodela seu perispírito pela mudança de seus
sentimentos e de suas tendências perniciosas.
Os conhecimentos valorosos da
Doutrina Espírita permitem-nos aprender a renovar os sentimentos.
O Espírito, ao reencarnar,
depara-se com uma sociedade que se estabelece em leis definidas por uma moral
social. Essa moral rege a vida dos homens e não a vida do Espírito, é
transitória, muda de região para região e de país para país.
A humanidade caminha sem
avaliar a importância de outra oral imutável, que representa a Lei de Deus, que
alimenta o pensamento e sustenta a vontade. É a moral ensinada por Jesus.
A moral divina ou consciencial estabelece-se
na medida em que o Espírito evolui e alinha sua postura dentro dos princípios
éticos ensinados pelo Mestre. Está no Evangelho na estruturação dessa moral.
A moral social tende
progressivamente a caminhar em direção à moral consciencial, essa que parte da
consciência cósmica e interage na consciência individual, alimentando o
Espírito de esperança. Com o progresso da humanidade, consequentemente haverá o
progresso social, e o entendimento da vida deve ter sua abrangência na
compreensão do Ser, como um Espírito imortal.
Na moral consciencial estão os
princípios básicos da relação ensinada por Jesus; "Fazer ao outro o que
gostaria de receber". Esse ponto tem fundamento ético constituído na moral
consciencial. Pensar, refletir para realizar.
A moral social fundamenta-se
nos pensamentos humanos, carregados ainda de interesses mesquinhos e egoístas. Já
a amoral consciencial nasce no pensamento dos Espíritos que compreenderam a
importância do bem, do amor, da Justiça e da caridade. São leis que não podem
ser renegadas, por serem bases estruturais da evolução.
Os ensinamentos da Doutrina
Espírita priorizam o desenvolvimento dos ensinamentos de Jesus, pois através
deles iremos progressivamente absorvendo a moral que nos traz o equilíbrio.
Quais as consequências dos atos
que o Espírito realiza?
As consequências estarão
relacionadas aos desejos que o pensamento emitiu. Todos os atos do Espírito
estão submetidos às leis, que lhe devolverão respostas compatíveis com a moral
alcançada.
Nesse entendimento sublime
aprenderemos a dar ao outro o que temos de melhor. Conhecendo os fundamentos
das leis divinas, Jesus nos advertiu: "Reconciliai-vos com vossos inimigos
enquanto estais a caminho". O amor faz parte integrante da moral
consciencial.
(Do Livro: "O Que é a Evangelização de
Espíritos" - Eurípedes Barsanulfo/Alzira Bessa França Amui).
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