Há criaturas que deixaram, na Terra, como
único rastro da vida robusta que usufruíam na carne, o mausoléu esquecido num
canto ermo de cemitério.
Nenhuma lembrança útil.
Nenhuma reminiscência em bases de
fraternidade.
Nenhum ato que lhes recorde atitudes com
padrões de fé.
Nenhum exemplo edificante nos currículos da
existência.
Nenhuma ideia que vencesse a barreira da
mediocridade.
Nenhum gesto de amor que lhes granjeasse sobre
o nome o orvalho da gratidão.
A
terra conservou-lhes, à força, apenas o cadáver – retalho de matéria gasta que
lhes vestira o espírito e que passa a ajudar, sem querer, no adubo às ervas
bravas.
Usaram os empréstimos do Pai Magnânimo
exclusivamente para si mesmos, olvidando estendê-los aos companheiros de
evolução e ignorando que a verdadeira alegria não vive isolada numa só alma,
pois que somente viceja com reciprocidade de vibrações entre vários grupos de
seres amigos.
Espíritas, muitos de nós já vivemos assim!
Entretanto, agora, os tempos são outros e as
responsabilidades surgem maiores.
O
Espiritismo, a rasgar-nos nas mentes acanhadas e entorpecidas largos horizontes
de ideal superior, nos impele para frente, rumo aos Cimos da Perfectibilidade.
A
Humanidade ativa e necessitada, a construir seu porvir de triunfos, nos
conclama ao trabalho.
O
espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável.
Honremos a nossa origem divina, criando o bem
como chuva de bênçãos ao longo de nossas próprias pegadas.
Irmãos, sede vencedores da rotina
escravizante.
Em cada dia renasce a luz de uma nova vida e
com a morte somente morrem as ilusões.
O
espírito deve ser conhecido por suas obras.
É
necessário viver e servir.
É
necessário viver, meus irmãos, e ser mais do que pó!
Pelo Espírito
Eurípedes Barsanulfo - Do livro: O Espírito da Verdade, Médium: Francisco
Cândido Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário