quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O Servidor Negligente

À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.
Parecia humilde e educado.
O diretor da instituição compareceu, atencioso, para atendê-lo.
— Tem serviço com que me possa favorecer? — indagou o jovem, respeitoso, depois das saudações habituais.
— As tarefas são muitas — elucidou o chefe.
— Oh! por favor! — tornou o interessado — meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho batido, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar-me-ei com salário reduzido e aceitarei o horário que desejar.
O diretor, muito calmo, acentuou:
—Trabalho não falta...
E, enquanto o candidato mostrava um sorriso de esperança, acrescentou:
—Traz suas ferramentas em ordem?
—Perfeitamente — respondeu o interpelado.
—Vejamo-las.
O moço abriu a caixa que trazia. Metia pena reparar-lhe os instrumentos.
A enxó se achava deformada pela ferrugem grossa.
O serrote mostrava vários dentes quebrados.
O martelo tinha cabo incompleto.
O alicate estava francamente desconjuntado.
Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a imperfeição que apresentavam seus gumes.
Poeira espessa recobria todos os objetos.
O dirigente da oficina observou... observou... e disse, desencantado:
—Para o senhor, não temos qualquer trabalho.
—Oh! porquê? — interrogou o rapaz, em tom de súplica.
O diretor esclareceu, sem azedume:
—Se o senhor não tem cuidado com as ferramentas que lhe pertencem, como preservará nossas máquinas? Se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? Quem não zela atentamente no “pouco” de que dispõe, não é digno de receber o “muito”. Aprenda a cuidar das coisas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menosprezo para consigo é indesejável mostruário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais tarde.
Não valeram petitórios do moço necessitado. Foi compelido a retirar-se, em grande abatimento, guardando a dura lição.
Assim também acontece no caminho comum.
Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.
Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas ações aos vizinhos.
Quem espera a colheita de alegrias no futuro, aproveite a hora presente, na sementeira do bem.
E quantos sonharem com o Céu tratem de fazer um caminho de elevação na Terra mesma.
pelo Espírito Neio Lúcio , Do Livro: Alvorada Cristã, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Com festa na Alma

Abra as janelas da alma e espie as belezas da vida, que se desdobram além das tuas agonias, tudo colorindo e felicitando.
Quem se dispõe a encontrar a felicidade, longe das moedas aquisitivas, descobre painéis de indescritível estesia em toda parte.
Levante-se num domingo de sol, antes da hora habitual, afaste-se do movimento cansativo da rotina doméstica e busque o campo. Escute no bucolismo da natureza as vozes das coisas, deixando-se banhar pela clara mensagem de luz da manhã em festa. Apague as impressões do pessimismo e pare ao lado dos pequenos regatos cantando variadas estórias com as águas em desalinho sinuoso e incessante correria. Descobrirá, em cada filete d’água espremido na rocha ou em cada córrego buscando largura no solo para espalhar-se, uma musicalidade especial. Se você tiver ouvidos, identificará que murmuram queixas, competem com o vento, gargalham com a luz, cantam, simplesmente cantam.
Alongue os olhos, andando vagarosamente pelos caminhos: verde avenca segura-se com firmeza no montículo de terra; torturada trepadeira abre-se em flor no tronco escuro de vetusto arvoredo, cobrindo o ar com perfumada renda que contrasta em sua delicadeza com o tronco imponente; débil colibri, colorido e vivaz, singra os rios do firmamento e, longe, sanhaços verde-azuis em algaravia canora parecem palrar em revoada alegre...
Aspire esse ar puro do dia nascente e debruce-se sobre o peitoril da janela do otimismo ante a paisagem ridente, esquecendo por momentos as rotineiras preocupações. Empolgar-se-á com a mensagem do dia, abençoando a vida e compondo sinfonias divinas em toda parte.
Um ramo de quaresmeira aberto em flor, oscilando ao vento, salmodiando cores no veludo do capinzal e multicoloridas coreópsis, farfalhando levemente, falar-lhe-ão sem palavras sobre a felicidade real, ensejando dilatação das suas ambições, além das coisas esmagadoras do currículo normal.
Há poesia no pôr do sol, esperando os seus olhos; cascatas de luz em poeira de ouro fino carregado pelos favônios perfumados compondo espetáculos de cor; melodias espalhadas nos braços da árvore vibrando, vibrando no ar...
Tudo são belezas na Criação. Por que você se engolfa na tristeza injustificável?
Saia do cárcere estreito das sôfregas ambições materiais e embriague sua alma de festa natural no banquete de um dia de sol ou no repouso de uma noite enluarada, cujo manto de princesa salpicado de gemas faiscantes em rendas finas de prata murmurante convida à meditação... E você compreenderá que o seu coração é triste porque se amesquinhou na concha escura de si mesmo, fechando a janela por onde poderia enxergar o mundo de Nosso Pai, onde Jesus cantou o amor na sua mais alta expressão.
Algures, num aclive salpicado de gramínea baixa, compôs Ele as inexcedíveis bem-aventuranças.
Em praias brancas, pontilhadas de seixos e pedregulhos, socorreu órfãos e velhinhos.
Deambulando por caminhos recobertos de largas sombras de velhas figueiras e tamarindeiros, falou a esfaimados da esperança e justiça.
Em claras manhãs de luz pregou e viveu o poema sem palavras da Boa Nova.
E tendo elegido para berço uma manjedoura modesta, recebeu um madeiro de odiosa punição indébita para morrer, numa tarde de calor, sobre um monte sem relva, abraçando, em contato com o poente ensanguentado de sol, ensanguentado também Ele, a Humanidade inteira...
Embora as necessidades para a manutenção do corpo na reencarnação que lhe enseja ressarcimento de dívidas, considere como felicidade esses dons sem preço que vestem a Terra e, renovado, após um giro longe das cogitações materiais imediatas, você retornará ao ninho doméstico de coração cantando festivas melodias de paz sob o aplauso de uma consciência referta de júbilo, descobrindo porque Jesus, diante de tantas coisas da vida, na Terra, referiu-se ao Reino de Deus como sinfonia sublime emboscado “dentro de nós” e que poderíamos dilatar por toda parte com festa na alma.
Amélia Rodrigues
FRANCO, Divaldo Pereira. “Crestomatia da Imortalidade”. Por Diversos Espíritos. 3. ed. Salvador, BA: LEAL. 1994, cap. 31

Nosso Mundo Íntimo

Não há quem de nós não traga na alma tormentos e dificuldades a serem vencidas. 
No processo natural de aprendizado e de crescimento, a cada vida que iniciamos aqui na Terra, a cada vez que renascemos, trazemos os recursos que a alma adquiriu em outras experiências vividas. 
É natural que, nessa herança que a alma possui, tenhamos valores positivos e negativos, virtudes e paixões, na complexa estrutura de nossa intimidade emocional. 
Nenhum de nós pode se considerar eleito do Senhor, ou proprietário de dons divinos concedidos gratuitamente, por cujas conquistas nada fizemos. 
Somos apenas o resultado das nossas opções, felizes ou nem tanto, feitas ao longo das jornadas já vividas. 
A realidade moral e emocional que pulula em nosso mundo íntimo é a somatória de tudo o que já adquirimos. 
Analisando sob esse aspecto, compreendemos que é a nós mesmos, ao nosso mundo íntimo, que devemos imputar a responsabilidade das dificuldades e dos problemas, das dores e dos desafios que enfrentamos. 
O que nos difere uns dos outros é apenas a maneira como lidamos com a situação, com as emoções e as tendências que trouxemos para esta existência. 
Uma possibilidade é nos acreditarmos vítimas, cultivando a ideia de que nascemos de determinada forma e que assim iremos passar toda esta existência. 
Com tais pensamentos, engrossaremos as fileiras daqueles que pensam que o que trazemos em nossa intimidade é um fatalismo e, portanto, não há como mudar. 
Assumimos que apenas resta aprender a conviver conosco mesmos. Ante as dificuldades com nosso jeito de ser, não nos esforçamos para nos modificarmos. 
Nessa postura, não há como aproveitarmos os embates e oportunidades que a vida oferece como matéria de reflexão e aprendizado. 
Perdemos a chance de crescer com os reveses da vida. Não utilizamos a oportunidade para repensar valores, reorientar diretrizes, nos refazermos. 
Porém, há uma outra maneira de entendermos nosso mundo íntimo. 
Ao descobrirmos em nós valores e tendências que não nos agradam, ou que nos geram dificuldades, passarmos a lutar para modificá-los. 
Entendendo que a alma está em constante aprendizado, vermos as dores, desafios e problemas que nos chegam como convites e oportunidades de crescimento. 
A partir desse momento, passamos a investir na reflexão, na meditação e na análise de nossa intimidade. 
Começamos a tentar entender nossas ações e reações, analisando como fazer para nos tornarmos melhores. 
Tendo a Jesus como referência, partindo da sua proposta de amar a si mesmo e ao próximo como a lei maior da vida, vamos renovando nosso mundo íntimo. 
Aos poucos, substituímos as tendências perniciosas que ainda guardávamos, por valores nobres e de plenitude. 
Iremos, dessa forma, construindo o ser integral, pleno e em consonância com a proposta de felicidade que é o plano de Deus para nós. 
Investirmos em nós mesmos a fim de, no decurso da caminhada, irmos nos dando conta do quanto crescemos em qualidade, do quanto nos tornamos melhores. 
E, por isso, nos felicitarmos. Termos a alegria de verificar a superação de hábitos infelizes, de atos desagradáveis. 
Termos a certeza, enfim, de que estamos aproveitando muito bem a presente jornada reencarnatória. 
Redação do Momento Espírita.
Em 30.12.2013

Criaturas Únicas

Um jovem procurou seu professor porque se sentia um quase nada. Acreditava-se lerdo, nada conseguindo fazer bem. Não servia para nada. Desejava saber como poderia melhorar e o que devia fazer para que o valorizassem. 
O professor, sem olhá-lo, lhe disse: 
Sinto muito, mas antes de resolver o seu problema, preciso resolver o meu próprio. Talvez você possa me ajudar. 
Tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao rapaz, recomendando: 
Vá até o mercado. Preciso vender este anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que você consiga por ele o máximo, mas não aceite menos do que uma moeda de ouro. 
O rapaz pegou o anel e foi oferecê-lo aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, mas quando ele dizia o quanto pretendia por ele, desistiam. 
Quando ele mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele. Somente um velhinho muito amável lhe explicou que uma moeda de ouro era muito valiosa para aquele anel. 
Abatido pelo fracasso, o rapaz retornou à presença do professor, dizendo que o máximo que lhe ofereceram foram duas ou três moedas de prata. Ouro, nem pensar! 
A resposta que recebeu é que seria importante, então, saber o exato valor do anel. Que ele fosse ao joalheiro para uma correta avaliação. 
Um tanto desesperançado foi o jovem. O joalheiro, depois de examinar com uma lupa a joia, pesou-a e disse: 
Diga ao seu professor que, se ele quiser vender agora, não posso lhe dar mais do que cinquenta e oito moedas de ouro. 
O rapaz teve um sobressalto: Cinquenta e oito moedas de ouro? 
Sim, retornou o joalheiro. Com tempo, eu poderia oferecer cerca de setenta moedas. Mas, se a venda é urgente... 
O discípulo correu à casa do professor, com a boa nova. Era um preço altíssimo. Depois de ouvi-lo, falou o professor: 
Sente-se, meu rapaz. Você é como este anel, uma joia única e valiosa. Como toda joia preciosa, somente pode ser avaliada por um expert. Por acaso você imaginou que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor? 
Tomando o anel das mãos do rapaz, tornou a colocá-lo no dedo, completando: 
Todos somos como esta joia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Pensemos: ninguém pode nos fazer sentir inferiores, sem nosso consentimento. 
* * * 
A Divindade não se repete. Sua Criação é sui generis. Por isso mesmo, cada ser é especial, único e valioso, porque saído das Suas mãos que se esmeraram em cada detalhe. 
Esse o motivo pelo qual temos na Terra a diversidade das cores, dos tamanhos, das características especiais de cada ser vivo. 
E, porque cada um de nós, ao longo das suas várias existências corporais, vai adquirindo virtudes e experiências, toda pessoa é também única, ninguém a igualando em sabedoria, intelectualidade e dons. 
* * * 
Não nos permitamos o conceito de menos valia. Podemos não ser o maior intelecto do mundo, mas se temos disposição para o estudo, podemos adquirir muitos conhecimentos. 
Podemos não ser a pessoa mais bondosa da face da Terra, mas com vontade podemos nos exercitar, todos os dias, para nos tornarmos mais pacientes, cordatos e gentis. 
Enfim, podemos não ser o suprassumo da Criação, mas somos peça valiosa no concerto da vida, porque criados por Deus, que ama a todos e a cada um, de uma forma particular e especial. 
Pensemos nisso! 
Redação do Momento Espírita, com base
em texto de autoria ignorada.
Em 28.12.2013

Convite à resignação

"... Para que a tua fé não desfaleça..." (Lucas: capítulo 22º, versículo 32.)
Enquanto debandam das lides enobrecedoras, trabalhadores que te pareciam exemplo de estoicismo, sentes o coração dilacerar-se e tens a impressão de que não suportarás os rudes embates que se sucedem, contínuos...
À medida que o entusiasmo diminui e a realidade das tarefas apresenta as legítimas dimensões do empreendimento espiritual, consignas a presença do desânimo...
Afinal, refletes, estão escassos os líderes autênticos, aos teus olhos, enquanto a confusão aumenta e a face do cepticismo gargalha vitoriosa..
Tudo te parece sombrio com perspectivas ainda mais tristes.
Não descoroçoes, porém.
Não tomes como modelo para meditação os exemplos dos maus exemplos.
Malgrado as dificuldades aparentes, a vitória do bem e do amor é óbvia, não dando margem a controvérsia.
Ocorre que, apesar de conheceres a doutrina das vidas sucessivas, por hábito deficiente de educação religiosa negativa, refletes como se o túmulo significasse o fim ou se a reencarnação não fosse realidade inconteste.
Coordena melhor a atividade mental, reconsiderando os programas traçados interiormente.
Encetada a jornada do bem, haja o que haja, insiste e persevera.
Não desfaleças na fé.
Resigna-te por hoje, recordando que amanhã tudo se modificará.
Se estiveres sob o jugo de dores e padecimentos, ingratidões e perseguições injustos, serão injustos somente na aparência, pois que procedem do teu ontem, em regime de cobrança, para melhor estabilidade do teu amanhã.
Submete-te, portanto, paciente, resignadamente às situações atuais, e, insistindo nos bons propósitos, construirás o porvir de bênçãos que agora ainda não podes fruir.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 51.

* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Coragem para mudar

Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará.
FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

* * * Estude Kardec * * *

Nunca damos valor ao que temos...

Havia uma moça cega que se odiava porque era cega.

Ela odiava toda a gente, exceto o seu dedicado namorado...

Ela podia contar sempre com ele...

Ela disse ao namorado, 'Se eu pudesse ver o mundo, eu casar-me-ia contigo.'

Um dia,  alguém lhe doou um par de olhos.

Quando lhe tiraram os pensos dos olhos, ela conseguiu ver tudo ao seu redor, inclusive o seu namorado.

Ele perguntou-lhe

'Agora que podes ver o mundo, casas-te comigo? ‘

A moça olhou para o namorado e reparou que era cego.

O aspecto dos olhos do namorado, com as pálpebras fechadas, chocou-a.

Ela não estava à espera de tal cena.

O pensamento, de que tinha de vê-lo assim para o resto da vida, levou-a a recusar o pedido de casamento.

O seu namorado saiu em lágrimas e uns dias depois escreveu-lhe um bilhete a dizer:

'Toma bem conta dos teus olhos, minha querida, pois antes de eles serem teus, eles eram meus. ‘

Isto é como a mente humana trabalha, na maioria das vezes,  principalmente quando a nossa situação muda.

Apenas alguns se lembram como era a sua vida antes e de quem os acompanhou nas situações mais dolorosas.

A vida é um presente.

Hoje antes de dizeres uma palavra indelicada
- pensa em alguém que não pode falar.

Antes de te queixares do sabor da comida
- pensa em alguém que não tem nada para comer.

Antes de te queixares do teu marido /da tua esposa
- pensa em alguém que chora na solidão e pede a Deus por um companheiro(a).

Hoje antes de te queixares da vida que tens
- pensa em alguém que morreu novo ou 'cedo' demais.

Antes de te lamentares pela distância que tens de guiar
- pensa em alguém que anda essa mesma distância a pé.

E quando estiveres cansado(a) e te queixares do teu trabalho
- pensa nos desempregados, nas pessoas com deficiência e naqueles que gostariam ter um trabalho.

E quando pensamentos negativos te deprimem
- põe um sorriso na cara e pensa que estás vivo(a) e ainda aqui andas.


Eu oro PARA QUE ESTA MENSAGEM CIRCULE
e já agora, sejam felizes em 2014 e mais além.......

Victor Manuel

Varando sombras

Empeços, lutas, problemas, limitações, críticas...
Deixemos a mágoa de lado e sigamos em frente, trabalhando e compreendendo sempre.
Os que não desejam avançar, tentarão prejudicar-nos a caminhada.
Os que não querem servir, buscarão envolver-nos no desânimo.
Os que não acreditam no bem, assumirão atitudes estranhas contra nós.
Mas não recuemos.
O nosso compromisso é com a própria consciência.
Varemos as sombras como archote da fé operosa.
No serviço do Evangelho, ninguém se encontra sozinho.
Forças divinas suplementam as nossas forças e vozes tutelares inspiram os nossos passos.
Haveremos de triunfar.
A obra pertence ao Cristo de Deus e nada deterá a sua marcha vitoriosa.
Pelo Espírito Batuíra
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Brilhe Vossa Luz. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 16.

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Raul Teixeira

Com grande alegria nosso querido Raul Teixeira volta a psicografar mensagens, agora com a mão esquerda, graças aos exercícios intensos para sua recuperação após AVC.
Esta é a primeira mensagem. Um grande marco! 
  EU GOSTARIA

Jesus,
gostaria que Tu olhasses
para minha alma,
para minha pobreza espiritual,
para minha vida na Terra.

Gostaria que Tua misericórdia
me abraçasse,
que ouvisses o meu cantar que roga,
em silêncio, Tua caridade.

Gostaria que Tua sabedoria
me levasse aonde o Pai do Céu quiser,
para o meu coração aprender
a louvar-Te como Guia e Modelo da Humanidade.

Jesus,
gostaria que o Natal abrisse
as comportas do Céu, para que todos
experimentem os favônios do Teu Reino.

Mestre,
que o Natal possa fazer a revolução do espírito,
que gera esforço, boa vontade, tolerância,
bom senso, confiança no trabalho,
bondade, riqueza no tempo e felicidade;
essa revolução que nós necessitamos,
para que a paz reine no mundo,
principalmente no mundo da alma.


Guilherme March
Psicografia do médium Raul Teixeira, em 27.10.2013, em Niterói,RJ.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Casa Espiritual

"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual." - Pedro. (I PEDRO, 2:5.)
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.
O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.
Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal. É também o restaurador da casa espiritual dos homens.
O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço. O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 133.

* * * Estude Kardec * * *