Vivem ansiosas, preocupadas com um
futuro que não chega nunca, pois enquanto fazem uma coisa, a mente já está
pensando no que fazer em seguida. A dificuldade para viver o presente, de corpo
e alma, é enorme, e isso é péssimo, pois além de desgastarmos nossa energia,
prejudicamos nosso corpo e nossos relacionamentos. Eu explico: é que quando
nosso corpo entra em estado de alerta, devido a uma situação inesperada que
surge nos oferecendo algum tipo de ameaça, nosso metabolismo se altera. Nosso
batimento cardíaco fica acelerado, a musculatura fica tensa etc. Isso tudo é
uma reação natural do nosso organismo, para combatermos o que nos ameaça. O
problema é que quando esse estado se prolonga a ponto de se tornar constante,
habitual, nosso corpo sofre as conseqüências, que podem variar, como dores
musculares, baixa imunidade, gastrite, crises nervosas etc. Sem contar os
problemas psicológicos e emocionais que podem ser agravados com esta situação,
como depressão, fobias, síndrome do pânico...
Como eu disse, nossos
relacionamentos também ficam prejudicados, pois quase nunca temos tempo para o
outro. Nossas metas e tarefas cotidianas são tantas que não conseguimos nos
conectar com a realidade do próximo. Perdemos a capacidade de ouvir, e muitas vezes,
até mesmo de receber, pois nunca estamos abertos e disponíveis de verdade.
Conversamos “da boca pra fora”, mas a mente e o coração nem sempre estão
presentes.
Essa maneira desequilibrada de
viver é uma epidemia, onde um influencia o outro, seja no trabalho, no trânsito
e pior... no lar, quando descarregamos na família toda nossa carga negativa.
Isso tudo tem que mudar! Comece
hoje mesmo a se questionar: do que eu tenho tanto medo? O que me deixa
constantemente preocupado ou irritado? Por que será que eu sempre estou
“correndo”, pensando no que fazer? Será que todas as tarefas que me dispus a
realizar hoje são imprescindíveis? Não tem como pedir para alguém me ajudar em
uma ou outra tarefa? Eu tenho me organizado da melhor maneira possível?
Essas perguntas iniciais nem sempre
são fáceis de responder, pois nem sempre conseguimos enxergar a resposta. Por
isso, eu recomendo algumas técnicas que podem auxiliar você a acalmar a mente e
pacificar o coração, para que certas percepções do seu “eu” mais profundo venham
à tona. Procure praticar, por exemplo: meditação, yoga, tai chi chuan,
exercícios bioenergéticos e a prece. Isso vai te ajudar a mudar a sintonia
interior. Se for necessário partir para algo mais “físico”, eu aconselho os
esportes, as artes marciais etc. Sem contar que a arte é uma grande ferramenta
para o autoconhecimento. Que tal aulas de teatro, dança, pintura ou música? Se
for necessário uma ajuda profissional, que tal um psicólogo da linha
transpessoal? Além disso tudo, se você é espiritualista, procure freqüentar seu
centro espírita, umbandista, budista etc. O convívio social, vivido com um
espírito sincero e fraterno é o melhor remédio.
Enfim, lembre-se sempre de que “nós
somos deuses”!
Para encerrar, deixo as palavras do
Dalai Lama: “O que mais me surpreende na humanidade são os homens... porque
perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a
saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma
que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se
nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.”.
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