Você é uma pessoa que se
considera rica ou pobre? Como você mensura a riqueza? Pelo tamanho da mansão?
Pelo carro do ano?
Pelas roupas importadas?
Pela possibilidade de viagens internacionais de longo período?
Ou você é daqueles que
considera a saúde, a harmonia no lar como itens de imensa riqueza?
Certa vez, um pai de
família muito rico resolveu levar seu filho para viajar para o interior. O seu
propósito era mostrar quanto as pessoas podiam ser pobres. Consequentemente,
como eles eram ricos.
Planejou tudo com cuidado
e escolheu a fazenda de uma família que ele considerava muito pobre.
Passaram um dia e uma
noite com eles.
No retorno da viagem, em
um carro último tipo, brilhante, motor poderoso, o pai orgulhoso pergunta ao
filho:
- Como foi a viagem?
- Muito boa, papai!
- Você viu como as
pessoas podem ser pobres? Continuou a perguntar o pai.
- Sim, respondeu o
garoto.
Ante respostas tão
curtas, o pai finalmente questionou:
- Mas, afinal, o que você
aprendeu?
Agora, com entusiasmo,
respondeu o menino:
- Muita coisa, pai. Eu
aprendi que nós só temos um cachorro de pelo lustroso, gordo e orgulhoso, como
nós que fica olhando os que chegam como se fossem de outro mundo, com ar de
superioridade. Mas eles têm quatro cachorros, super amigos.
Mal cheguei e já estavam
rolando comigo pelo chão, correndo atrás de mim, me fazendo subir em árvores e pular
cercas. Recebem os amigos dos seus donos abanando a cauda, latindo festivos e
lambendo as mãos.
- Nós temos uma piscina
enorme, que vai até o meio do jardim. E que permanece a maior parte do tempo
vazia porque selecionamos demais aqueles que devem entrar nela ou ficar ao
redor dela, brincando. Mas eles, aqueles meninos, têm um riacho de água
corrente que não tem fim. A água é cristalina, corre por entre pedras, inventa
mil curvas pelo caminho e ainda tem peixes.
- Nós temos uma varanda
coberta e iluminada com luz, com cadeiras especiais, mesas e adornos. Eles têm
a lua e as estrelas. Deitam no tapete aveludado da grama e por mais que fiquem
contando os astros no céu, não conseguem terminar a conta. Além do que, a lua e
as estrelas deles iluminam a estrada, todo o caminho que outros tantos também
passam.
- O nosso quintal, pai,
vai até o portão de entrada e está protegido com muros, grades fortes e altas.
Eles têm uma floresta inteira, cheia de animais diferentes e de surpresas.
Quando entram nela, não sabem se toparão com um veado assustado, uma coruja
sonolenta ou pássaros cantantes.
E ante o assombro do pai,
ainda arrematou:
- Obrigado, pai, por me
mostrar o quando nós somos pobres!
***
Existem tesouros
inumeráveis, no mundo, que desfrutamos sem sequer nos mostrarmos agradecidos ao
dono de tudo que é Deus. Subimos serras, entramos no mar e nos maravilhamos com
as suas cores, seu vigor, a riqueza das flores e dos animais.
Viajamos através de
estradas respirando o ar puro das árvores que se ergueram há séculos e
sustentam o frescor do verde da primavera que apenas despertou.
Refrescamo-nos nos rios
de água cristalina, saciamos a sede em fontes naturais, límpidas, desfrutamos
do sol, do ar. É um mundo grandioso de tesouros que se sucedem, sem parar.
Somos verdadeiramente
pessoas muito ricas. Para completar a nossa riqueza, somente nos falta a
virtude da gratidão de erguer o coração em prece e agradecer, louvando ao pai
de todos nós, pela distribuição farta que nos oferece todos os dias.
Redação do Momento Espírita
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