Para quem tem olhos
de ver, em toda parte ensinamentos se fazem presentes.
No túmulo de um bispo
anglicano, que está na cripta da Abadia de Westminster, na praça do Parlamento,
em Londres, pode-se ler o seguinte:
Quando eu era jovem,
livre, e minha imaginação não tinha limites, eu sonhava em mudar o mundo.
À medida que me tornei
mais velho e mais sábio, descobri que o mundo não ia mudar. Reduzi, então, meu
campo de visão e resolvi mudar apenas meu país.
Mas acabei achando que
isso, também, eu era incapaz de mudar.
Envelhecendo, numa última
e desesperada tentativa, decidi mudar apenas minha família, os mais próximos,
mas, ai de mim, eles não estavam mais ali.
Agora, no meu leito de
morte, de repente percebo: se eu tivesse primeiro me empenhado apenas em mudar
a mim mesmo, pelo meu exemplo eu teria mudado minha família.
Com a inspiração da
família e encorajado por ela, teria sido capaz de melhorar meu país e, quem
sabe, poderia até ter mudado o mundo.
* * *
Quase sempre, pensamos e
agimos exatamente assim. É comum lermos um trecho do Evangelho e logo pensarmos
como aquelas frases seriam muito importantes para alguém da nossa família.
Quando ouvimos uma
palestra edificante, que concita ao bem, logo nos vem à mente o pensamento de
que seria muito bom se determinada pessoa estivesse ali para ouvir.
Isso faria muito bem para
ela! É o que dizemos para nós mesmos.
Como esta informação a
poderia modificar, mudar sua forma de agir.
Quando estamos vinculados
a uma determinada religião, o pensamento não é diferente.
Ficamos a desejar que
nossos parentes, nossos amigos, colegas professem a mesma crença, comunguem dos
mesmos ideais.
Por vezes, chegamos a nos
tornar um pouco inconvenientes, ou talvez até em demasia, mandando recados,
frases escolhidas para os amigos.
Tudo nesse intuito de que
eles as leiam, as absorvam e coloquem em prática.
São frases que se referem
aos bons costumes, à ética, à moral e quem as recebe, com certeza, pensará
também:
Seria muito bom que o
remetente colocasse em prática essas fórmulas. Ele precisa disso.
Por isso é que o Mundo ainda não é esse local
especial que tanto ansiamos: um oásis de compreensão, com aragem de paz e fontes
cantantes de fraternidade.
Porque cada um de nós
deseja, pensa, anseia por mudar o outro. Por fazer que o outro se revista de
compreensão, de polidez.
Contudo, o Modelo e Guia
da Humanidade estabeleceu que cada um deve dar conta da sua própria
administração.
Administração da sua
vida, dos seus deveres, da sua missão.
O mundo é a somatória de
todos nós, das ações de todos os homens.
Cabe-nos pois a inadiável
decisão de nos propormos à própria melhoria.
E hoje, hoje é o melhor
dia para isso. Nem amanhã, nem depois.
Hoje. Comecemos a pensar
em que poderemos nos melhorar.
Quem sabe, um gesto de
gentileza? Que tal um Bom dia? Um Obrigado, um sorriso?
Pensemos nisso.
(Redação do Momento Espírita
Nenhum comentário:
Postar um comentário