Uma das
queixas maiores de toda a população é do índice crescente de violência. Não
existe mais segurança, comentam as pessoas, alarmadas.
Escolas, empresas, os
governos estabelecem campanhas contra a violência, utilizando-se de palestras,
seminários e da mídia em geral. Cartazes são afixados em pontos estratégicos,
pessoas colocam botons no próprio peito, afixam adesivos nos carros. Contudo, a
violência parece não diminuir.
Talvez não estejamos nos
dando conta do ciclo que percorre a violência.
Conta-se que certo
general passou a noite inteira sem conseguir pregar o olho. Pela manhã, estava
muito irritado e chegando ao quartel, mal viu o coronel, dirigiu-lhe palavras
rudes de admoestação, por coisa nenhuma.
O coronel engoliu em seco
a própria raiva, pois não podia externar o que lhe ia na intimidade ao seu
superior. Saiu da sala e, encontrando o tenente no corredor, gritou com ele,
falando da sua incompetência em resolver questões de somenos importância no
quartel.
O tenente ficou vermelho.
Sentiu o sangue quase explodir no cérebro, mas mordeu a língua para não se
alterar com o seu comandante. Bateu continência e foi para o pátio, onde
encontrou o sargento, que se preparava para os exercícios com seus
subordinados.
Asperamente se dirigiu a
ele, deixando-o com muita raiva. O sargento esperou que o tenente se afastasse,
rodou sobre os calcanhares e se encaminhou até o cabo, que lhe recebeu toda a
agressividade guardada.
O cabo não gostou de ser
xingado por algo que não fizera. E acabou despejando a sua ira no primeiro
soldado que encontrou, a caminho do seu alojamento. Reclamou de tudo, deixando
o pobre homem arrasado.
Como o soldado estava em
final de expediente, saiu do quartel e se dirigiu ao terminal de ônibus. Quando
subiu no coletivo, perdeu a calma com o cobrador que disse não ter troco para a
nota que ele apresentou.
O motorista do ônibus
assistiu tudo, tomou as dores do cobrador mas, com medo de reagir porque a
pessoa em questão era um militar, se calou.
Contudo, quando chegou em
casa, trazia dentro de si toda a raiva que segurara durante as últimas horas de
trabalho e, porque a esposa demorasse em colocar a comida à mesa, ele lhe
dirigiu palavras inadequadas, grosseiras e ofensivas.
O motorista era um homem
grande e ela miúda, por isso ela achou mais prudente ficar quieta. Entretanto,
ao passar pelo seu quarto, viu a filha de oito anos mexendo no seu estojo de
maquiagem. Era algo que ela fazia sempre.
Mas, naquele dia, a
mulher se encolerizou, brigou com a garota, e a mandou para o quintal. A menina
não entendeu a reação da mãe e foi despeja r toda a sua raiva num cão que
estava amarrado, nos fundos da sua casa.
O pobre animal sentiu o
pontapé e recebeu a carga negativa que a criança despejou.
Como não tinha nada mais
a fazer, externou a sua vontade de morder, de reagir, uivando a noite inteira.
Adivinhem quem morava na
casa ao lado? Isso mesmo! O general do começo da história.
* * *
Pensemos nisso! Deter o
ciclo da violência deve ser nosso maior desafio. No todo é muito prático: basta
agir em vez de reagir.
Pensar antes de falar.
Contar até dez, antes de responder mal a quem quer que seja. Não revidar
ofensa, desaforo ou má educação.
Pensemos nisso! A
estatística da violência é marcada por cada um de nós.
Redação do Momento Espírita, com base no estudo Respeito,
desenvolvido por Alberto Almeida, em março de 2002, na cidade
de Matinhos/PR. Em 26.3.2014.
desenvolvido por Alberto Almeida, em março de 2002, na cidade
de Matinhos/PR. Em 26.3.2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário