Geralmente, todos os
nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.
À maneira do martelo que,
tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe os contornos ou salientando-lhe a
beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou
pensar, frequentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.
O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência;
O despeitado nos induz ao aprimoramento próprio;
O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e
o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.
O despeitado nos induz ao aprimoramento próprio;
O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e
o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.
Assim, então, se um
inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo -
inimigo que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras
armadilhas do remorso e da dor -, esse é o nosso próprio Eu, adversário
terrível de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em
que se refugia, sob as paredes da indiferença.
Combatamos a nós mesmos
cada dia, em nome do bem que abraçamos.
Não vale afirmar sem
exemplo, nem sonhar sem trabalho. Adquirir conhecimentos superiores para
adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a vida em êxtase
delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a obra do Bem
Infinito.
Guerreemos o inimigo que
se oculta, armado de astúcias mil, na fortaleza de nossa animalidade
multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os
dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor.
E, asfixiando-lhe o ignominioso
comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do crime das
reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do Cristo, o
único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível libertação.
pelo Espírito Emmanuel / médium Francisco C. Xavier
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