terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Em paz com todos


Muitas vezes, na trilha evangélica, fica o vazio deixado pelas afeições que nos exoneram do carinho maior, fica o travo da desilusão à frente dos que jornadeavam conosco ainda ontem e hoje se retiram, desorientados, da estrada que partilhávamos em serviço comum...

Entretanto, isso é natural e fatal. Peçamos a Deus por eles. Nem mesmo nós que os amamos e que pela solidão passageira somos induzidos à capacidade de maiores reflexões, conseguimos saber quantas dores e quantas provas carregam!...

Sigamos, pois, à frente, abençoando a todos.

Que a luz do Senhor a todos alcance e proteja sempre.

- Mais Luz - Francisco Cândido Xavier/Espírito Batuira

domingo, 16 de dezembro de 2012

A Consagração do Natal


Infelizmente, papai Noel ainda é mais importante que o Cristo. O Cristo ainda se encontra desvalorizado e esquecido dentro de nós.
A vinda de Jesus ou o seu nascimento teve seu anúncio pelos profetas da antiguidade, mais ou menos da seguinte forma: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus convosco)”. Os judeus esperavam, até mesmo por não entenderem a mensagem, uma pessoa na condição de rei, de governador, um soberano. Não podemos nos esquecer que Ele, quando questionado, dizia ser rei, mas não desse mundo, enaltecendo a continuidade da vida, dando explicações  incompreensíveis para a maioria da população  naquela época.
Devemos  ter em mente que o nascimento de Jesus vem ao encontro da percepção de uma nova luz para a humanidade sofredora. Os ensinamentos de Jesus devem servir para transformar não apenas um homem, mas toda a Humanidade. Numa simples visão, observamos o que era o planeta antes e no que se transformou depois de sua vinda. O Espírito Emmanuel, em Roteiro, diz-nos que antes do Cristo, a educação demorava-se em lamentável pobreza, o cativeiro era legitimado por lei, a mulher aviltada qual um animal, os pais podiam espancar, vender e até sacrificar os filhos! Com Jesus, entretanto, começa uma era nova para o sentimento. Iluminados pela Divina influência, os discípulos do Mestre consagram-se ao serviço dos semelhantes; Simão Pedro e os companheiros dedicam-se aos doentes e infortunados; instituem-se casas de socorro para os necessitados e escolas de evangelização para o espírito popular. (Xavier, 1980, cap. 21)
Dessa forma, o espírito do Natal deve ser entendido como a revivescência dos ensinos do Cristo em cada uma de nossas ações. Não há necessidade de esperarmos o ano todo para comemorá-lo. Se em nosso dia a dia estivermos estendendo simpatia para com todos e distribuindo os excessos de que somos portadores, estaremos aplicando de forma muito eficaz a “Boa-Nova”  trazida pelo mestre Jesus.
Qual o verdadeiro sentido do Natal?
Deve ser o de autoconscientização, buscando a comunhão com os valores do Bem.
O que representa a Estrela de Belém para os Espíritas? Representa a Luz Protetora dos Planos Superiores, resumindo uma Infinidade de Espíritos de Luz que vieram assistir e dar o suporte ao Cristo em sua tarefa de orientação e exemplos para todos nós.
Portanto não  podemos esquecer que o dono da festa é o Mestre, quem deve receber os presentes e as homenagens é o aniversariante e não nós.  O aniversariante tem dentre  os seus convidados os que são  pobres,  deserdados,  coxos,  estropiados,  sofredores, etc..
Será que realmente somos convidados do Cristo nessa festa?
Qual o presente que deveríamos lhe oferecer?
O que Ele gostaria de receber de nós?
Sabemos que o que Ele mais quer é que cumpramos a vontade de Deus, Nosso Pai. E que todos os dias possamos renovar os nossos compromissos no "Pai Nosso", dizendo: "Seja feita a Vossa vontade"
Emmanuel no livro  "Antologia Mediúnica do Natal (excerto) - Espíritos Diversos - Psicografia: Francisco Cândido Xavier, assim esclareceu:
" As lembranças do Natal, porém, na sua simplicidade, indicam à Terra o caminho da Manjedoura... Sem Ele, os povos do mundo não alcançarão as fontes regeneradoras da Fraternidade e da Paz. Sem Ele, tudo será perturbação e sofrimento nas almas, presas no turbilhão das trevas angustiosas, porque essa estrada providencial para os corações humanos é ainda o Caminho esquecido da Humildade. "
Que esse seja o Nosso Natal.
MILTER
Visite o site da ADDE 
www.adde.com.br

Se a tua fé não vê ou ainda não viu
A presença da lágrima ou do espinho
Para vencer nos lances do caminho,
Os perigos da marcha e as surpresas da treva.
Se a tua fé não ouve ou ainda não ouviu,
Entre as flores que leva
Desde o berço da crença até agora,
O insulto em que a maldade se avigora,
A fim de que lhe dês,
Outra vez e outra vez,
O apoio da paciência e a lição da bondade...

Se a tua fé não encontrou ainda
Algo que a desagrade,
Na tarefa bem-vinda
Que te impele a servir ao amor e á verdade.

Se a tua fé não teve ou ainda não tem
Ofensas a perdoar e injúrias a esquecer,
No sublime dever
De amparar, socorrer ou levantar alguém...

Se enfim, a tua fé não conheceu
Angústia ou desabrigo,
Se ela não sofre ou ainda não sofreu
Golpes do orgulho vão,
Escárnio, desafio, tentação,
Para que aprendas, coração amigo,
Resistência e humildade,
A tua fé, portanto,
Não passa, por enquanto,
De um sonho que não veio à realidade!...

Porque a fé verdadeira
Que redime e renova a Humanidade,
E vale, em tudo para a vida inteira,
A fé que tanto ama e anda de rastros
Quanto vibra e se eleva para os astros,
Fé valente e profunda,
Que inspira, exemplifica, ergue e fecunda,
Será sempre obtida na batalha,
Na Terra ou Mais Além,
No coração que luta ou se estraçalha
Para a glória do Bem.
- Coração e Vida - Francisco Cândido Xavier/Espírito Maria Dolores.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um Natal diferente


Naquele escritório era assim. Todos os anos, eles procuravam uma família que necessitasse de assistência para comemorar o Natal.
Para o dia que se aproximava, eles localizaram uma que havia sofrido várias tragédias nos dois anos anteriores. O Natal deles seria magro e triste.
Então, durante um mês, todos no escritório foram colocando as doações em dinheiro dentro de uma lata decorada.
Depois, se divertiram muito escolhendo os presentes para o pai, a mãe e os seis filhos, imaginando a expressão de felicidade deles, ao receberem os presentes.
Para os meninos, luvas para o inverno e aviões em miniatura. Para as meninas, bonecas e bichinhos de pelúcia. Para a mais velha, já adolescente, perfume e um relógio.
Evidentemente, aquela família não deveria saber quem eram os doadores e, por isso, eles combinaram que o pastor da igreja rural seria o portador dos presentes.
Na sexta-feira anterior ao Natal, a mãe da família voltou mais cedo para casa, após o trabalho. Ela recebera uma gratificação extra do seu patrão. O marido ficou feliz com a notícia.
Agora eles tinham dinheiro para comprar presentes de Natal para os filhos. Sentaram-se e juntos fizeram uma lista, procurando combinar o querer com as necessidades.
Mas, então, eles ficaram sabendo que um amigo estava prestes a ser submetido a uma cirurgia. Ele estava desempregado e não poderia pagar as despesas médicas. Mais do que isso, nem tinha o que comer em casa.
Condoídos com a situação, marido e mulher convocaram os filhos para uma reunião de família e decidiram entregar a gratificação de Natal ao amigo.
Comida e despesas médicas eram mais importantes do que brinquedos de Natal.
Algumas horas depois de tomada a decisão, o pastor foi fazer uma visita para a família.
Antes que ele tivesse tempo de explicar o motivo da visita, eles contaram que gostariam de doar o dinheiro ganho e lhe pediram que entregasse o cheque para o amigo necessitado.
O pastor ficou muito surpreso diante de tanta generosidade e concordou em entregar o cheque, com uma condição: todos eles deveriam acompanhá-lo até seu carro.
Sem entender muito bem o porquê da exigência do pastor, eles concordaram com o pedido.
Quando atravessaram o portão da casa, viram o carro do pastor abarrotado de presentes de Natal. Presentes que o pessoal daquele escritório lhes havia mandado, como expressão de amor natalino.
Que Natal esplêndido foi aquele para as duas famílias necessitadas, para o coração do pastor e para todo o pessoal do escritório!
* * *
Num dia distante, há mais de vinte séculos, o Divino Pastor nasceu entre as Suas ovelhas. Veio manso, numa noite silenciosa, somente deixando-se anunciar por um coro de mensageiros espirituais, aos corações dos homens de boa vontade.
Até hoje, Ele continua assim: falando aos homens que se dispõem a ter boa vontade para com os outros homens. Boa vontade para doar-se, para dar-se, para amar.
Este é o sentido do verdadeiro Natal: o amor de Deus para com os homens. O amor dos homens uns para com os outros, em nome do Divino Amor que se chama Jesus.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Uma tradição de Natal, de Pat A. Carman, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press.
Em 10.12.2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Guardião da Floresta


Naquela noite chovia muito. Mamãe Beija-Flor estava em seu ninho cuidando dos seus ovinhos. Estava próxima a chegada dos seus filhotinhos e ela estava muito contente.
De repente os ovinhos começaram a se partir e surgiram lindos passarinhos
Mamãe Beija-Flor acariciava seus filhotinhos quando percebeu que um deles era um pouco estranho. Ele era todo azul e tinha o bico branco. Mas estava contente mesmo assim, e cuidava de todos com o mesmo carinho.
O tempo foi passando... passando...
Todos os passarinhos da floresta zombavam da Mamãe Beija-Flor porque ela tinha um filhotinho esquisito. Ela não se importava porque amava muito a todos.
Aquele passarinho diferente era conhecido por todos como o Pássaro Azul. Ninguém queria brincar com ele, nem seus irmãos, porque ele era muito diferente. Ele se entristecia e pensava:
- Porque ninguém gosta de mim?
A mamãe Beija Flor o vendo chateado se aproximava e fazia-lhe carinho. Ele então esquecia tudo e ficava contente.
Certo dia estava perto do Grande Rio e percebeu que tinha algumas formiguinhas trabalhando, carregando folhinhas. Ele pensou:
- Eu acho que vou ajudá-las, vai ser divertido!
Pegou então uma folhinha com seu biquinho e colocou na entrada do formigueiro.
Vendo aquele passarinho estranho perto da sua morada, um monte de formigas se aproximou. Uma mais afoita disse:
- Que bicho esquisito, olha lá... Acho que ele quer tampar o formigueiro para morrermos sufocadas. Ele quer acabar com a gente. Vamos companheiras, ao ataque! E correram todas em sua direção.
Todas gritaravam em um só coro:
- Fora daqui pássaro malvado!
O Pássaro Azul voou rapidamente e pousou numa grande árvore. Sem entender o que se passou naquela hora, ficou pensativo:
- Porque elas queriam me machucar? Eu nada fiz, só desejava ajudar...
Ficou parado ali um bom tempo tentando chegar a uma conclusão.
Passaram-se alguns dias e ele, sempre sozinho, brincava na copa das árvores da floresta, quando percebeu que uma pequena largata andava distraída em um galho próximo.
- Puxa! Como ela é bonitinha, será que ela poderia ser minha amiguinha? Pensou...
Foi quando percebeu que ela estava em perigo. O galhinho estava se partindo e ela iria cair no chão.
Rapidamente voou, ficou embaixo do galho sustentando todo o peso com suas asas. Assim que ela conseguiu atravessar o galho se rompeu.
Dona Largata levou o maior susto. Vendo o passarinho por perto, começou a gritar:
- Você tentou me jogar no chão! Fora daqui, vai embora...
E o nosso amiguinho voou novamente para bem longe.
Pousou em uma pedra perto do Grande Rio e continuava pensando: por que todos me mandam embora, por que não gostam de mim?
Olhou para dentro do rio e percebeu que uma Joaninha estava quase se afogando.
Ela tentava desesperadamente subir em um tronco que estava boiando, mas tudo em vão.
Sem demora, o Pássaro Azul arremessou uma pedra que estava ao seu lado próximo da pequena joaninha criando assim uma ondulação na água.
Ela foi arremessada longe, caindo em terra firme.
Muito feliz por haver salvo a dona Joaninha, voou em sua direção e lhe perguntou:
- A senhora está bem?
Ainda meio atordoada do susto, Dona Joaninha, muito irritada lhe falou:
- Você tentou me matar atirando aquela pedra em mim, seu passarinho esquisito. Os habitantes da floresta correm muito perigo com você a solta. Vou correndo contar ao Conselho Maior tudo o que se passou. Temos de tomar providências...
O Conselho Maior que era representado pelos mais importantes habitantes da floresta foi convocado. Foi exigida a presença do Pássaro Azul, e todos os habitantes estavam lá para o seu julgamento.
O representante das Formigas pediu a palavra e acusou o Pássaro Azul de ter tentado entupir o formigueiro. A larva não se fez de rogada e falou que ele havia tentado jogá-la no chão. Dona Joaninha, encabeçando a lista de habitantes que se sentiam incomodados com a sua presença, fez uma série de acusações.
O Pássaro Azul ouvia a tudo sem dizer nada. Até que toda a assembléia começou a gritar:
- Fora daqui, fora daqui!
A decisão final foi unânime. Ele deveria sair da floresta. Seria obrigado a viver na Grande Rocha, sozinho.
O Pássaro Azul foi então em direção a sua nova casa. Ele estava sozinho e não podia mais entrar na floresta.
- Como vou fazer para me alimentar? Pensou e concluiu:
- Tenho de entrar na floresta e sair de forma que ninguém nunca me veja.
O tempo foi passando e ele sempre voltava à floresta, mas nunca deixava que ninguém percebesse sua presença. Quase sempre encontrava alguns animaizinhos em apuros e ajudava. Todos os habitantes da floresta percebiam que algo estranho acontecia. Algumas vezes apareciam frutos em lugares onde faltava alimento, filhotinhos que caiam das árvores e não se machucavam...
Como muita coisa boa acontecia com freqüência, criou-se entre os moradores da floresta a crença de que existia um anjo, um guardião que protegia a todos. Ele somente estava realizando seus prodígios agora que o Pássaro Azul não estava mais entre eles.
Todos estavam muito felizes e a paz reinou por longos anos. Todos acreditavam na bondade do Guardião da Floresta e muitos passaram a ajudar aqueles que tinham dificuldades em seu nome.
Certo dia, o Pássaro Azul já bem velhinho, saiu da caverna árida em que morava na Grande Rocha. E pousou nas margens do Grande Rio. Ficou ali muito tempo Quando ouviu uma voz suave lhe chamando:
- Pássaro Azul...
Tomou o maior susto porque ninguém poderia ver que ele estava ali.
Tentou rapidamente se esconder quando novamente ouviu:
- Não tenha medo...
Uma grande luz o envolveu naquele instante.
- Sou o Rei Dos Reis, aquele que construiu toda a floresta. Você está cansado. É hora de voltar para a casa e desfrutar das alegrias que conquistou.
- Mas, meu Rei, eles me expulsaram de lá, não posso mais voltar.
O Rei dos Reis em tom solene lhe ordenou:
- Olhe para o rio.
O Pássaro Azul olhou para a água. Foi a primeira vez em toda a sua vida que viu o seu reflexo. Muito espantado exclamou:
- Eu sou da cor do céu!...
- Compreende agora? Você é um pedaço do céu que eu permiti que fosse para a terra para ensinar a todos a fraternidade.
Neste momento, ele começou a chorar muito.
- Desculpe meu Rei, eu falhei. Ninguém se lembra de mim senão como um malfeitor.
- Sim, é verdade. Do Pássaro Azul ninguém mais se recordará, entretanto do Guardião da floresta, os séculos passarão e ele jamais será esquecido. Ele será sempre lembrado, não por sua forma e beleza, mas por suas atitudes de bondade.
- Mas ninguém sabe que fui eu! Exclamou o Pássaro Azul.
- Eu sei, e isso é o bastante. Falou o Rei dos Reis.Você foi fiel, agora venha para os meus braços.
E o Pássaro Azul, sentindo uma alegria imensa, voou em direção ao céu e desapareceu no horizonte.
Lá embaixo, na floresta, todos se sentiam felizes e amparados porque acreditavam que existia um anjo bom que cuidava deles. O respeito e admiração ao Guardião da Floresta desde então é passado de geração para geração.
DIAS, Robson. O Guardião da Floresta. Pelo Espírito Vovó Amália. FEB. Livro eletrônico gratuito em www.vovoamalia.com. Livrinho da Série "As Histórias que a Vovó Gosta de Contar".
* * * Estude Kardec * * *

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Meditar


Meditar alivia a sensação de dor
Sente muita dor?
A meditação é um famoso analgésico, que diminui a percepção da dor nas pessoas, mesmo após breves sessões. Agora, um estudo revela por que: a meditação muda a forma como o cérebro processa os sinais de dor.
A prática conhecida como meditação envolve sentar-se calma e confortavelmente, e respirar uniformemente. O principal objetivo é limpar a mente, e concentrar a atenção no presente.
Estudos anteriores sugeriram que a meditação reduz a ansiedade, promove o relaxamento e ajuda a regular as emoções. Agora, a nova pesquisa descobriu que a prática de uma consciência atenta do corpo, por apenas quatro dias, afeta as respostas de dor no cérebro.
Depois de meditar, a atividade cerebral diminui em áreas dedicadas à dor e em áreas responsáveis pela transmissão de informações sensoriais. Enquanto isso, as regiões que modulam a dor ficar ocupadas e, consequentemente, a dor é menos intensa e menos desagradável.
O psicológico também interfere: a meditação pode reduzir a dor tornando as sensações físicas menos angustiantes. Todo o contexto da situação e do meio ambiente colaboram; a meditação parece atenuar esse tipo de resposta.
Além disso, não é necessário gastar muito tempo meditando para alcançar o benefício: meia hora de treino por dia durante três dias já alivia significativamente a dor, mesmo quando as pessoas não estão realmente meditando.
Para descobrir como a meditação altera a resposta do cérebro a dor, os pesquisadores reuniram 15 voluntários que passaram 30 minutos por dia, durante quatro dias, aprendendo a meditar. Antes e após o treinamento, os pesquisadores mapearam os cérebros dos voluntários usando ressonância magnética.
Durante, antes e depois de cada mapeamento, os voluntários experimentaram sensações alternativas de calor (49° C) e temperatura neutra (35° C) na panturrilha. Depois de 12 segundos, os voluntários classificaram a sua dor ao pressionar uma alavanca para a direita (se sentiram mais dor) ou para a esquerda (se sentiram menos dor). A posição da alavanca correspondia a uma escala de 1 a 10, com 10 representando a maior dor.
A meditação reduziu a percepção de dor nas pessoas em 57%. Os voluntários também relataram que a dor foi 40% menos intensa. Os cérebros dos voluntários espelharam suas percepções alteradas. A atividade caiu no tálamo, uma área profunda do cérebro que retransmite a informação sensorial do corpo para o córtex somatosensorial. O córtex somatosensorial, localizado acima da orelha, é especialista em áreas dedicadas a processamento de sinais a partir de partes específicas do corpo. Nos voluntários que praticaram a meditação, a área do córtex somatosensorial ligada a panturrilha estava “inativa”.
Enquanto isso, áreas associadas com a modulação da dor se tornaram mais ativas. Essas áreas incluíam o córtex orbitofrontal e o córtex cingulado anterior profundo, na região frontal do cérebro. O putâmen, uma estrutura enterrada no centro do cérebro, e a ínsula também mostraram mais atividade. Ambas as estruturas têm muitas funções, incluindo o controle de movimentos de sensibilização e auto-percepção.
Segundo os pesquisadores, a boa notícia é que os estudos têm mostrado que os benefícios da meditação ocorrem rapidamente. Ou seja, você não precisa ser um monge para aliviar sua dor, de forma que a meditação se torna uma opção realista para pessoas que passam por cirurgia ou têm lesões.
Natasha Romanzoti

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Dar Amor


O panorama do mundo, neste início do Terceiro Milênio, não é maravilhoso.

Há milhões de pessoas que estão passando fome. As guerras continuam devastadoras. Os homens disputam pedaços de terra, que chamam de territórios, como se fossem viver para sempre em cima deles. E cada pedacinho fica manchado com o sangue de muitas vítimas.

Há milhões de pessoas sem um teto. Milhões que sofrem de AIDS. Milhões de crianças, adultos e velhos que sofreram e sofrem violência.

Milhões de pessoas que padecem de invalidez, seja por terem nascido com a deficiência ou por terem sido vítimas de enfermidades, acidentes ou combates.

Todos os dias, em todo o mundo, mais alguém está clamando por compreensão e compaixão.

Este é o mundo que recebemos do milênio passado. O mundo que construímos. Agora nos compete construir o mundo renovado do Terceiro Milênio.

Escutemos o som das vozes de todos os que padecem. Escutemos como se fosse uma cantiga, um mantra que suplica auxílio.

Abramos os nossos corações para todos os que estão precisando e aprendamos que as maiores bênçãos vêm sempre do ajudar aos outros.

Acima de pontos de vista econômicos, de crença religiosa, de cor da pele, aprendamos que todos somos filhos do mesmo Pai e nos encontramos na mesma escola: a Terra.

Por isso o auxílio mútuo é dever de todos. Podemos não resolver os problemas do mundo, mas resolveremos o problema de alguém.

Não podemos resolver o problema da AIDS, mas podemos colaborar valorosamente nas campanhas de esclarecimento às novas gerações.

Não podemos diminuir as dores de todos os pacientes, mas podemos colaborar conseguindo a medicação precisa para um deles, ao menos.

Com certeza, não podemos devolver mobilidade a membros paralisados. Mas podemos nos tornar mãos e pernas, auxiliando aqueles que precisam.

Podemos não resolver o problema da fome no mundo, mas podemos muito bem providenciar para que quem esteja mais próximo de nós, não morra à míngua, providenciando-lhe o alimento ou o salário justo.

É muito importante aprender a gostar de tudo o que fazemos.

Podemos ser pobres e nos sentir sozinhos. Podemos morar em um local não muito agradável, mesmo assim, ainda poderemos colocar flores nos corações e nos alegrar com a vida.

Tudo é suportável quando há amor, único sentimento que viverá para sempre.

O amor é a virtude por excelência, seja na Terra, seja em outras moradas do Senhor.

O equilíbrio do amor desfaz toda discriminação, na marcha que realizamos para Deus.

Exercitando o amor conjugal, filial, paternal ou fraternal busquemos refletir, mesmo que seja à distância, o amor do nosso Pai, que a todos busca pelos caminhos da evolução.

Vivamos e amemos, de forma equilibrada, sentindo as excelsas vibrações que vertem de Deus sobre as necessidades do mundo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 40, do livro A roda da vida, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. sextante e no cap. 2, do livro Vereda familiar, pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3590&stat=0
Acesse o nosso site: www.caminhosluz.com.br

domingo, 2 de dezembro de 2012

Solidão


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar os pensamentos...
isto é equilíbrio.
Tampouco é a pausa involuntária que o destino nos impõe compulsoriamente, para que revejamos a nossa vida...
isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
isto é circunstância.
Solidão é muito mais que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão, pela nossa Alma!
Fátima Irene.
Paz - Luz - Segurança e Confiança!

Caminhando com o Invisível



"O verdadeiro espiritualista é aquele que sabe trabalhar sobre as suas dificuldades para delas fazer pedras preciosas."
- Mikhael Aivanhov -

O que é certo e o que é errado?
Quem sabe os mistérios que rondam os corações?
O invisível não se revela aos fracos de espírito e nem aos fortes de mente e de ego. Ele gosta de revelar-se apenas ao coração livre de ódio.
O buscador sincero não tem o que temer.
Na trilha espiritual, ele encontrará muitos questionamentos, responsabilidades e muito serviço.
Não há facilidades na caminhada iniciática e nem o jogo hipnótico das luzes ilusórias do mundo toldando seu discernimento.
No entanto, há presentes de luz em meio ao trajeto. Eles são depositados pelos anjos em pontos estratégicos da jornada da alma.
A cada etapa iniciática superada, surgirão novas responsabilidades, novas tarefas e mais serviços prestados pelo bem de todos.
Na senda da luz, não há julgamentos, só há escolhas e repercussões.
Há aqueles que caminham e aqueles que estacionam nas frivolidades de seus egos.
Há os que se esforçam e suam sangue pelos objetivos vislumbrados, mesmo em meio a todo tipo de adversidade.
Outros, espetam os companheiros de jornada, semeiam discórdias e estacionam em meio aos sorrisos irônicos e atitudes tacanhas.
Enquanto isso, os anjos registradores do caminho vão anotando os procedimentos mentais, emocionais e carnais de cada um.
Ao longo do caminho, eles continuarão deixando presentes de luz, mas também deixarão pacotes contendo diversos pedregulhos cármicos*.
Eles sabem bastante sobre sintonia: cada um encontrará o pacote cheio com o conteúdo relativo ao que estiver em seu próprio coração.
O que é certo e o que é errado?
Os anjos sabem a resposta, mas não dizem. Em seu silêncio, eles seguem deixando os pacotes nos pontos estratégicos do caminho espiritual. Eles sabem que, quem os abrir, receberá o presente adequado e compatível com o tipo de atitude que manifestar na trilha.
O invisível está repleto de anjos e eles falam somente ao coração que trabalha e respira a atmosfera dos propósitos justos.
Como ensinava o sábio Toth no antigo Egito: "O INEFÁVEL É INVISÍVEL AOS OLHOS FÍSICOS, MAS É VISÍVEL À INTELIGÊNCIA E AO CORAÇÃO."

Paz e luz!
São Paulo, 11 de dezembro de 2000.

- Nota: * Cármicos - do sânscrito Karma; ação, causa - toda ação gera uma reação correspondente; toda causa gera o seu efeito correspondente. A esse mecanismo universal os hindus chamaram carma. Suas repercussões na vida dos seres e seus atos podem ser denominados de conseqüências cármicas.

Respirando com as Almas livres


Ouça, ouça...
Essa canção secreta
Em seu coração.

Respire, respire...
A luz branquinha,
Com seu ventre.

Medite, medite,
Na eternidade da vida,
Que está em você.

Sinta, sinta...
Existe um fogo em você,
Que não tem fim...

Lembre-se, lembre-se,
Você veio das estrelas,
Para iluminar a carne.

Alegre-se, alegre-se,
Mesmo que ninguém entenda,
Você sabe.

Cure, cure,
Com mãos de luz e gratidão,
Por assim permitir o Supremo Amor.

Estude, estude,
Com dedicação, mas, sabendo que
Conhecimento não é sabedoria.

Agradeça, agradeça,
O dom da vida,
E o brilho em seu olhar.

Compreenda, compreenda,
Você é mais do que imagina.
É um espírito - sempre foi, e sempre será!

Perdoe, perdoe,
Pois todos erram muito,
Inclusive, você mesmo.

Solte-se, solte-se...
Raiva e mágoa pesam tanto.
Livre-se disso, agora!

Ria, ria...
Mesmo sem piada alguma,
Só porque faz bem.

Leia, leia,
Esses simples escritos,
Como toques espirituais.

Observe, observe,
Há estrelas em seus olhos.
Por isso eles brilham tanto.

Receba, receba,
O abraço sereno e sutil
Das Grandes Almas Livres*.

Perceba, perceba,
A Luz do Eterno está em você.
Aceite-a.

P.S.: Nem sempre é com um texto extenso e técnico que se consegue passar uma idéia, ainda mais em se tratando das coisas do espírito, que, mais do que entendidas com a mente, são compreendidas melhor pelo coração.
Às vezes, uma canção ou um poema, ou mesmo uma prece, conseguem ventilar melhor a atmosfera espiritual, pois vão direto ao coração e falam ao espírito, de forma lúdica e multidimensional, como deve ser.

- Wagner Borges - espiritualista consciente e contente, que, sequer é mestre de si mesmo, então, como poderá ser mestre de alguém?*

São Paulo, 07 de outubro de 2008.

- Notas:
* "Há almas boas, tranqüilas e magnânimas
Que, como a primavera, fazem bem a todos.
E que, depois de haverem cruzado esse espantoso oceano
Do nascimento e da morte,
Ajudam outros a cruzá-lo também.
Tudo isso sem nenhum motivo particular,
Mas somente por sua própria natureza bondosa."

- in Shankara; Índia, Séc. 9 d.C. -

http://www.consciencial.org