Geralmente, é na
juventude do corpo que temos despertado o interesse em buscar o sexo oposto
para compartilhar dos nossos sonhos.
Quando encontramos a alma
eleita, o coração parece bater na garganta e ficamos sem ação. Elaboramos
frases perfeitas para causar o impacto desejado, a fim de não sermos
rejeitados.
Então, tudo começa. O
namoro é o doce encantamento.
Logo começamos a pensar
em consolidar a união e nos preparamos para o casamento.
Temos a convicção de que
seremos eternamente felizes. Nada nos impedirá de realizar os sonhos
acalentados na intimidade.
Durante a fase do namoro
é como se estivéssemos no cais observando o mar calmo que nos aguarda, e nos
decidimos por adentrar na embarcação do casamento.
A embarcação se afasta
lentamente do cais e os primeiros momentos são de extrema alegria. São os
minutos mais agradáveis. Tudo é novidade.
Mas, como no casamento de
hoje observa-se a presença do ontem, representada por almas que se amam ou se
detestam, nem sempre o suave encantamento é duradouro.
Tão logo os cônjuges
deixem cair as máscaras afiveladas com o intuito de conquistar a alma eleita, a
convivência torna-se mais amarga.
Isso acontece por estarem
juntos Espíritos que ainda não se amam verdadeiramente, que é o caso da grande
maioria das uniões em nosso planeta.
Assim sendo, tão logo a
embarcação adentra o alto mar, e os cônjuges começam a enfrentar as
tempestades, o primeiro impulso é de voltar ao cais.
Mas ele já está muito
distante...
O segundo impulso é o de
pular da embarcação. E é o que muitos fazem.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
E, como um dos esposos, ou os dois, têm seus sonhos desfeitos, logo começam a imaginar que a alma gêmea está se constituindo em algema e desejam ardentemente libertar-se.
E o que geralmente fazem
é buscar outra pessoa que possa atender suas carências.
Esquecem-se dos primeiros
momentos do namoro, em que tudo era felicidade, e buscam outras experiências.
Alguns se atiram aos
primeiros braços que encontram à disposição, para, logo mais, sentirem
novamente o sabor amargo da decepção.
Tentam outra e outra
mais, e nunca acham alguém que consolide seus anseios de felicidade. Conseguem
somente infelicitar e infelicitar-se, na busca de algo que não encontram.
* * *
Se a pessoa com quem nos
casamos não é bem o que esperávamos, lembremo-nos de que, se a escolha foi
feita pelo coração, sem outro interesse qualquer, é com essa pessoa que
precisamos conviver para aparar arestas.
Lembremo-nos de que na
Terra não há ninguém perfeito, e que nossa busca por esse alguém será em vão.
E, se houvesse alguém
perfeito, esse alguém estaria buscando alguém também perfeito que, certamente,
não seríamos nós.
* * *
Os casamentos são
programados antes do berço.
Assim, temos o cônjuge
que merecemos e o melhor que as Leis Divinas estabeleceram para nós.
Dessa forma, busquemos
amar intensamente a pessoa com quem dividimos o lar, pois só assim
conseguiremos alcançar a felicidade que tanto almejamos.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 5. ed. Fep. 26.4.2013.
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