“E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? – Ao que ele respondeu:
Legião é o meu nome, porque somos muitos.” – (Marcos, 5:9.)
O Mestre legou
inolvidável lição aos discípulos nesta passagem dos Evangelhos.
Dispensador do bem e da
paz, aproxima-se Jesus do Espírito perverso que o recebe em desesperação.
O Cristo não se
impacienta e indaga carinhosamente de seu nome, respondendo-lhe o interpelado:
“Chamo-me Legião, porque
somos muitos.”
Os aprendizes que o
seguiam não souberam interpretar a cena, em toda a sua expressão simbólica.
E até hoje pergunta-se
pelo conteúdo da ocorrência com justificável estranheza.
É que o Senhor desejava
transmitir imortal ensinamento aos companheiros de tarefa redentora.
À frente do Espírito
delinqüente e perturbado, Ele era apenas um; o interlocutor, entretanto,
denominava-se “Legião”, representava maioria esmagadora, personificava a massa
vastíssima das intenções inferiores e criminosas. Revelava o Mestre que, por
indeterminado tempo, o bem estaria em proporção diminuta comparado ao mal em
aludes arrasadores.
Se te encontras, pois, a
serviço do Cristo na Terra, não te esqueças de perseverar no bem, dentro de
todas as horas da vida, convicto de que o mal se faz sentir em derredor, à
maneira de legião ameaçadora, exigindo funda serenidade e grande confiança no
Cristo, com trabalho e vigilância, até à vitória final.
Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier / Emmanuel
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