terça-feira, 30 de setembro de 2014

No campo do destino

 No tempo infinito, o “hoje” é o reflexo do nosso “ontem”, tanto quanto o “amanhã” será, como é justo, a projeção do nosso “hoje”.
Eis porque a estreita existência do espírito, no círculo da vida física, antes de tudo, vale por bendita oportunidade à renovação de si mesmo.
A reencarnação, por isso, não será tão-somente resgate de transgressões, mas ensejo de modificações das causas que criam o destino, com visitas à futura alegria da consciência redimida ao sol da imortalidade.
Todavia, para que o homem se valha de semelhante recurso na construção do porvir, é indispensável transforme a antiga conceituação que lhe rege os passos evolutivos, aceitando a responsabilidade de viver, segundo as Leis Divinas, que é o Infinito Bem por toda parte, convertendo a trilha que lhe é própria em estrada de amor para os que o cercam, de vez que estabelecendo a harmonia e a segurança, a paz e o reconforto para os outros, será fatalmente investido na posse da verdadeira felicidade.
Recebe, cada dia, por flama de luz que podes aproveitar no engrandecimento da vida que te rodeia.
Para isso, porém, recolhe os talentos da provação, do trabalho e da dor, à maneira da pedra, que encontra no martelo e no buril, que lhe dilaceram a forma, os instrumentos capazes de conduzi-la à condição de obra-prima que pode ser.
Auxilia sem esperar que te auxiliem, ama sem exigir que te amem, compreende sem aguardar a compreensão alheia, justifica o próximo sem a preocupação de seres justiçado, serve sem recompensa e, pouco a pouco, experimentarás em ti mesmo a grande transformação.
É que terás sublimado as causas de teu caminho e expulsado as sombras que te prendem às teias da vida humana, estarás refletindo, sem perceber, desde a Terra, o esplendor do Céu.
Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno e a generosidade sadia e conquistarás o respeito, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Alvorada do Reino, Médium: Francisco Cândido Xavier.

Ressentimento

 O ressentimento não é somente um peso morto, à feição de chumbo na flama alígera de nossa prece, compelindo-a a descer, anulada, nas sombras da frustração, e, em verdade, nem é apenas o tóxico que envenena a membrana gástrica, provocando moléstias de abordagem difícil...
É também o fermento da treva que, a exteriorizar-se de melindres inconsequentes, avança qual projétil invisível sobre companheiros invigilantes, debuxando as linhas de lama em que a maledicência e a calúnia proliferam sem peias, ferindo almas e consciências, tanto quanto depredando ou destruindo instituições generosas e veneráveis que nos rogam compreensão e devotamento a fim de que produzam redenção e progresso no campo da Humanidade.
Cada vez que o desgosto te bata à porta, aprende a esquecê-lo com toda a alma.
Lembra-te de que todos somos devedores insolventes da Tolerância Divina e que, por isso mesmo, em nossas imperfeições e fraquezas, não prescindimos da caridade recíproca, a fim de que nos mantenhamos de pé.
Jamais olvidemos quão profunda é a nossa dificuldade para retificar em nós mesmos as qualidades que nos desagradam nos outros e banhemos o pensamento no grande amor, para que a fraternidade real nos abençoe o caminho.
Seja qual for o grau da ofensa recebida, não te esqueças de que somente a fonte do perdão irrestrito possui bastante poder para extinguir o lodo da miséria e da ignorância, porquanto, pretendendo fazer-nos justiça, com a força das próprias mãos, invariavelmente caímos na delinquência e no desespero que nos agravam a detenção nas cadeias do crime ou nas algemas da crueldade.
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Caminho Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 28 de setembro de 2014

Considerando a reencarnação

A reencarnação é Lei da Vida.
Impositivo estabelecido, irrefragavelmente, constitui processo de evolução, sem o qual a felicidade seria impossível.
Programada pelo Criador, faculta os mecanismos naturais de desenvolvimento dos valores que jazem latentes, no ser espiritual, que assim frui, em igualdade de condições, dos direitos que a todos são concedidos.
A reencarnação favorece com dignidade os códigos da justiça divina, demonstrando as suas qualidades de elevação e de amor.
*
Sem a reencarnação - que proporciona a liberdade de opção, com as consequências decorrentes da escolha - a vida não teria sentido para os párias sociais, os homens primitivos, os limitados mentais, os amargurados e infelizes...
Sem a reencarnação, o ódio inato e o amor espontâneo constituiriam aberração perturbadora em a natureza humana.
Da mesma forma, as tendências e propensões que comandam a maioria dos destinos, seriam fenômenos cruéis de um determinismo absurdo, violentador das consciências e dos sentimentos.
Sem a reencarnação, permaneceriam como incógnitas geradoras de revolta, as razões dos infortúnios morais, das enfermidades de alto porte, mutiladoras e degradantes, da miséria social e econômica que vergastam expressivas massas e grupos da sociedade terrestre.
Sem a reencarnação, os laços de família se diluiriam aos primeiros impactos defluentes dos acontecimentos danosos...
*
A reencarnação enseja reequilíbrio, resgate, reparação.
Faculta o prosseguimento das atividades que a morte pareceria interromper.
Proporciona restabelecimento da esperança, entrelaçando as existências corporais que funcionam como classes para o aprendizado evolutivo no formoso Educandário da vida terrestre.
Oferece bênçãos, liberando de qualquer fatalidade má, que candidataria o Espírito a um estado permanente de desgraça.
A reencarnação enobrece o calceta, santifica o vilão, eleva o caído, altera a paisagem moral do revoltado, dulcificando-o ao largo do tempo, sem pressa, nem violência.
A reencarnação é convite ao aproveitamento da oportunidade e do tempo, que sempre devem ser colocados a serviço do progresso espiritual e da perfeição, etapa final da contínua busca do ser.
FRANCO, Divaldo Pereira. Responsabilidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

* * * Estude Kardec * * *

Perdão Rdical

As sublimes lições não paravam de iluminar as consciências dos discípulos interessados no conhecimento da Verdade.
Cada momento em companhia do Mestre amado revestia-se de um aprendizado inolvidável.
Jamais houvera alguém que pudesse, como Ele o fazia, cantar a beleza da sabedoria com a linguagem singela de um lírio alvinitente em pleno chavascal.
As Suas palavras eram como pérolas reluzentes que formavam colares luminosos na consciência dos ouvintes.
Ele nunca se repetia. Com as mesmas palavras entretecia variações incomuns em torno dos temas do cotidiano, oferecendo soluções simples, às vezes, profundas, com a mesma naturalidade com que se referia ao Pai, o Seu Abba.
Ressoavam nos refolhos das almas o canto incomparável do Sermão da Montanha, que se lhes tornara o novo norte para o avanço no rumo da augusta plenitude.
Cada bem-aventurança era portadora de um novo conteúdo, como sendo a diretriz soberana do amor em relação ao futuro da Humanidade.
Ninguém ficava à margem, nenhum sentimento era esquecido e a fonte de inexaurível sabedoria continuava a fluir a água lustral dos ensinamentos imortais.
Ele parecia ter pressa de preparar os amigos, embora não fosse apressado.
Eram tantas as necessidades humanas que não era possível desperdiçar o tempo em cogitações da banalidade e emprego das horas em pequenezes habituais do comportamento.
Mais de uma vez Ele falara sobre a emoção do amor e a bênção do perdão, sendo porém enfático em todas elas.
O perdão é sempre melhor para aquele que o concede.
Para que não ficasse esquecido entre as preocupações que assaltavam os amigos, na sua labuta diária, Ele voltava ao tema com novas composições.
Já lhes dissera que se fazia indispensável perdoar setenta vezes sete vezes, o que significava perdoar incessante, ininterruptamente...
Naquela oportunidade ímpar, complementou o ensinamento, referindo-se à conduta pessoal de cada criatura:
Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta...
... Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda e sejas lançado na prisão.
Em verdade, vos digo que de maneira nenhuma saireis dali enquanto não pagardes o último ceitil. (*)
Tratava-se da aplicação da misericórdia nos relacionamentos, de modo a manter-se a consciência de paz.
Nesse sentido, a compaixão em relação aos erros alheios assumia papel de preponderância, mas os amigos aturdidos compreendiam que lhes era muito difícil a mudança de conduta, habituados ao desforço em relação àqueles que os prejudicavam.
Assim pensando, após a exposição do Senhor, Tiago perguntou-Lhe, recordando-se da severidade da Lei Antiga:
Como é possível, Mestre, permitir-se que o agressor fique impune, após a prática do seu ato perverso?
O Iluminado olhou-o com imensa ternura, por saber que ele era cumpridor dos deveres, severo em relação a si mesmo, portanto, exigente no que diz respeito ao comportamento dos outros e compreendeu-lhe a inquietação.
Após um breve silêncio, ante o zimbório celeste, recamado de estrelas que lucilavam ao longe, respondeu benigno:
As águas do rio limpam as margens e o leito por onde correm, transformando e decompondo o lixo e a imundície em rico adubo mais adiante, levados pela correnteza.
Assim também o amor de misericórdia transforma a agressão em bênção para a vítima, auxiliando o inimigo a purificar-se, ao largo do percurso evolutivo.
Quando se perdoa, isto não implica anuência com o erro, com o crime, com o descalabro do outro. Não se trata de desconhecer a atitude infeliz, mas objetiva não retaliar o outro, não aguardar oportunidade para nele desforçar-se.
Não devolver o mal que se sofre é o início do ato de perdoar. Compreender, porém, que o outro, o agressor, é infeliz, que ele se compraz em malsinar porque é atormentado, constitui a melhor reflexão para o perdão radical, o perdão sem reservas.
Ninguém tem o direito de oferecer ao Pai suas orações e dádivas de devotamento, se tem fechado o coração para o seu próximo, aquele que, na sua desdita, derrama fel sobre os outros e cobre a senda que percorrerá no futuro com os espinhos da própria insanidade.
Ter adversário é fenômeno normal na trajetória de todas as criaturas, no entanto, deve-se evitar ser-lhe também inamistoso, igualando-se em fraqueza moral e desdita interior. Quem assim se comporta também sofrerá julgamento da autoridade, a quem seja apresentada queixa, e essa poderá exigir-lhe o ressarcimento do mal até o último e mínimo ultraje.
É o que ocorre com qualquer ofensor ou ofendido magoado. É obrigado a refazer o caminho sob a jurisdição divina, até quitar-se de todas as mazelas e débitos morais.
O interrogante, no entanto, insistiu:
Como então fica a justiça diante daquele que lhe desrespeita os códigos austeros?
O Amigo compassivo compreendeu a inquietação do companheiro e elucidou:
A questão da justiça não pertence ao ofendido, mas aos legisladores que aplicarão a penalidade corretora que se enquadre nos códigos legais. E quando isso não ocorre, a sabedoria divina impõe-se ao calceta, que carrega na consciência o delito, fazendo-o ressarcir os danos com a sua cooperação ou sofrendo os efeitos do mal que praticou, imputando-se sofrimentos reparadores. Ninguém consegue fugir à consciência indefinidamente, porque sempre há um despertar para a realidade transcendental.
Mas, Mestre, nesse caso, todos os crimes de qualquer porte devem ser perdoados e esquecidos? - Instou, inquieto,
Serenamente, Jesus retorquiu:
Não há crime imperdoável. Há, sim, mágoas exageradas. Quem não tem condutas reprocháveis ao longo da existência, por mais austero seja em relação a si mesmo, observando os Códigos da justiça e da religião? Quantas vezes, em momentos de infelicidade e de ira, pessoas boas e generosas, devotadas ao Pai e ao dever, rebelam-se e agem incorretamente? Será justo desconhecer-lhes toda uma trajetória de dignidade por um momento de alucinação, de torpor mental pela ira asselvajada que lhe tomou a consciência?
É necessário, portanto, perdoar-se todas as formas de agressão, entregando-as ao amor do Pai Incomparável, a tomar nas mãos a lei e a justiça, aplicando-as conforme o desconforto de que se é objeto.
Assim fazendo, torna-se digno de também ser perdoado.
Esse é o sublime comportamento do amor, em forma de benignidade para com o próximo, o irmão da retaguarda evolutiva.
Depois do silêncio que se abateu natural, no círculo de amigos, Ele adiu gentilmente:
Convém recordar-se, igualmente, que todos necessitam do perdão para as suas ações infelizes, desse modo, devendo perdoar-se, purificar a mente, permitir-se o direito de errar, compreendendo a sua humanidade e fraqueza, mas não permanecendo no deslize moral nem se comprazendo em ficar na situação a que foi arrojado.
O auto perdão é conquista do amor que se renova e compreende que se está em processo de renovação e de auto iluminação.
Assim, portanto, rogando-se ao Pai perdão pelos próprios delitos, amplia-se o pensamento e alcança-se o agressor digno de ser perdoado também.
A noite prosseguia rica de suaves perfumes e incrustada dos diamantes estelares, registrou a lição imorredoura do perdão a todas as ofensas.
pelo Espírito Amélia Rodrigues - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no lar de Armandine e Dominique Chéron, na manhã de 5 de junho de 2014, em Vitry-sur-Seine, França.  http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=369

Corpo

Abstendo-nos de qualquer digressão científica, porquanto os livros técnicos de educação usual são suficientemente esclarecedores no que reporta aos aspectos exteriores do corpo humano, lembremo-nos de que o Espírito, inquilino da casa física, lhe preside à formação e à sustentação, consciente ou inconscientemente, desde a hora primeira da organização fetal, não obstante quase sempre sob os cuidados protetores de Mensageiros da Providência Divina.
Trazendo consigo mesmo a soma dos reflexos bons e menos bons de que é portador, segundo a colheita de méritos e prejuízos que semeou para si mesmo no solo do tempo, o Espírito incorpora aos moldes reduzidos do próprio ser as células do equipamento humano, associando-as à própria vida, desde a vesícula germinal.
Amparado no colo materno, estrutura-se-lhe o corpo mediante as células referidas, que, em se multiplicando ao redor da matriz espiritual, como a limalha de ferro sobre o ímã, formam, a principio, os folhetos blasto dérmicos de que se derivam o tubo intestinal, o tubo nervoso, o tecido cutâneo, os ossos, os músculos, os vasos.
Em breve, atendendo ao desenvolvimento espontâneo, acha-se o Espírito materializado na arena física, manifestando-se pelo veículo carnal que o exprime. Esse veículo, constituído por bilhões de células ou individuações microscópicas, que se ajustam aos tecidos sutis da alma, partilhando-lhes a natureza eletromagnética, lembra uma oficina complexa, formada de bilhões de motores infinitesimais, movidos por oscilações eletromagnéticas, em comprimento de onda específica, emitindo irradiações próprias e assimilando-as irradiações do plano em que se encontram, tudo sob o comando de um único diretor: a mente.
Desde a fase embrionária do instrumento em que se manifestará no mundo, o Espírito nele plasma os reflexos que lhe são próprios.
Criaturas existem tão conturbadas além-túmulo com os problemas decorrentes do suicídio e do homicídio, da delinquência e da viciação, que, trazidas ao renascimento, demonstram, de imediato, os mais dolorosos desequilíbrios, pela disfunção vibratória que os cataloga nos quadros da patologia celular.
As enfermidades congênitas nada mais são que reflexos da posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a internação na esfera física, às vezes por prazo curto, para tratamento da desarmonia interior em que fomos comprometidos.
Surgem, porém, outras cambiantes dos reflexos do passado na existência do corpo, da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos. São plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão.
É por isso que, muitas vezes, consoante os programas traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura é visitada por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a saúde.
Contudo, é imperioso lembrar que reflexos geram reflexos e que não há pagamento sem justos atenuantes, quando o devedor se revela amigo da solução dos próprios débitos.
A prática do bem, simples e infatigável pode modificar a rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante, interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio, segundo a lei do auxílio.
Pelo Espírito Emannuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Medicina reconhece obsessão

CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (OMS) INCLUI INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS - MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO!
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade
MD. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:
"Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também..."
Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.
Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina.
Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado-de-transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual. Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.
Fonte: Osvaldo Shimoda

Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz Ya Pessanha

Consequências do passado

ANALISE O QUE ESTÁ PASSANDO E SAIBA O PORQUÊ!
1- COMO PODEMOS COMPREENDER OS RESULTADOS DE NOSSAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES?
Emmanuel - Para compreender os resultados das existências anteriores, baste que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.
2 - COMO ENTENDER, NA ESSÊNCIA, AS DÍVIDAS OU VANTAGENS QUE TRAZEMOS DE EXISTÊNCIAS PASSADAS?
Emmanuel - Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantarmos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreende-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.
3 - QUAL A LIÇÃO QUE AS HORAS NOS ENSINAM?
Emmanuel - Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera. Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.
4 - QUAL A SITUAÇÃO MORAL DA ALMA NO TÚMULO E NO BERÇO?
Emmanuel - No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.
5 - EM SÍNTESE, ONDE PERMANECE, ESPIRITUALMENTE, A CRIATURA REENCARNADA?
Emmanuel - Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.
6 - QUAL A EXPLICAÇÃO LÓGICA DAS ENFERMIDADES CONGÊNITAS?
Emmanuel - Os grandes delitos operam na alma; estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.
7 - O QUE OCORRE AOS SUICIDAS NAS VIDAS ULTERIORES?
Emmanuel - Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas, transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.
8 - E OS PROTAGONISTAS DE TRAGÉDIAS PASSIONAIS?
Emmanuel - Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos; exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e da devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente, até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atento ao reequilíbrio de que se vêem necessitados, ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do Espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.
9 - E AOS CÚMPLICES DE ERROS E ENGANOS?
Emmanuel - As grandes dificuldades não caem exclusivamente sob os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que adotaram são impelidos a recebe-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.
10 - O QUE OCORRE ÀQUELES QUE PROVOCARAM O SUICÍDIO DE ALGUÉM?
Emmanuel - Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito em breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente; requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos na falência a que se arrojou.
11 - QUE ACONTECE AOS QUE IMPELEM O PRÓXIMO À FALÊNCIA MORAL?
Emmanuel - Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestamos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que nos enredamos, ao precipita-los nos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos. Nas mesmas circunstâncias carreamos em nós, enraizadas nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.
12 - E O QUE OCORRE AOS DESENCARNADOS QUE MALBARATARAM OS TESOUROS DA EMOÇÃO E DA IDÉIA?
Emmanuel - Quando desencarnados, não fugimos à lei de causa e efeito. Se malbaratamos os tesouros das emoções e dos pensamentos na Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.
13 - E ÀQUELES QUE SE ENTREGAM AOS DESEQUILÍBRIOS DO SEXO?
Emmanuel - Nessas condições, o porvir esboça-se, nebuloso, apontando-nos graves lições de refazimento e resgate. Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer de permeio.
14 - E ÀQUELES QUE PERPETRAM CRIMES?
Emmanuel - Se perpetramos crimes na pessoa dos nossos semelhantes, eis-nos à frente de mutilações dolorosas.
15 - E ÀQUELES QUE SE ENTREGAM ÀS EXTRAVAGÂNCIAS DA MESA?
Emmanuel - Se nos entregamos à extravagância da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.
16 - E ÀQUELES QUE SE AFEIÇOAM AO ALCOOLISMO?
Emmanuel - Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecentes, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.
17 - E ÀQUELES QUE SE EMPENHAM EM DELITOS DE MALEDICÊNCIA E CALÚNIA?
Emmanuel - Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.
18 - AS CONSEQÜÊNCIAS DE NOSSOS ERROS SE VERIFICAM APENAS NA FORMA DE DOENÇAS COMUNS?
Emmanuel - Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que nos partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.
19 - QUAL DEVE SER A NOSSA ATITUDE PERANTE AS PROVAS DA VIDA?
Emmanuel - Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.
20 - QUAIS AS RELAÇÕES ENTRE O PRESENTE, O PASSADO E O FUTURO?
Emmanuel - Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.
EMMANUEL

(da obra: "Leis do Amor", psicografia de Francisco C. Xavier e Waldo Vieira)

Silêncio, uma verdadeira "Prece", onde há paz e imensa luz

Silêncio é o eco reflexivo interior, o vôo da solidão gigante, o grito eloqüente no auge da dor, o clamor do oprimido, a expressão criadora do poeta. O silêncio é a ausência de barulho, sons, vozes e ruídos, segundo a definição de dicionários e enciclopédias. Do ponto de vista da espiritualidade, o silêncio é força e caminho propício à introspeção e à meditação. O silêncio dos imensos desertos, por onde caminham os peregrinos, em busca da fonte inesgotável de paz e harmonia.
O silêncio que nos acompanha na intimidade e está conosco no instante final, companheiro e guia no caminho da eternidade.
Silêncio é a força misteriosa, repleta de sutilezas e transparências, que nos dá a medida exata da pureza, da humildade, da riqueza interior.
Sem o silêncio a alma fica pequena.
"Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo.”
Há pessoas que matam com seu silêncio. Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência.
Este silêncio jamais é excessivo.
Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.
O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes, intolerantes e desbocados.
É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores, o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.
Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida.
A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.

Jerônimo Mendonça Ribeiro publicou no grupo JERÔNIMO MENDONÇA RIBEIRO, O GIGANTE DEITADO!

O Verdadeiro Sentido da Vida

Não podemos desconhecer o esforço da ciência no campo da tecnologia, dos avanços da medicina e das novas descobertas para ajudar à humanidade, até mesmo quando o homem trabalha para mandar astronautas a pesquisar o universo, realizando novas descobertas de planetas ou de novas habitações celestes. Quanta coisa não se obtém pelo esforço humano! Quanta coisa já evoluiu na Terra pelo esforço e dedicação do homem!
Mas, todo esforço e progresso do homem na ciência e na tecnologia tem a mão de Deus.
A finalidade das descobertas é para o crescimento do Planeta, mas sempre sob a interveniência de Deus. Infelizmente, as criaturas se enclausuram no materialismo, achando que tudo podem fazer e criar por sua própria vontade e inteligência, esquecidos de que é Deus que tudo guia, em todos os momentos.
Como vem crescendo o materialismo no Planeta! Como as criaturas estão se distanciando de Deus, fechando a mente e os corações para apenas enxergar as ilusões e as vaidades do mundo! Espíritos sublimados se preocupam com as almas encarceradas pelo poder material, aquelas que abrigam em seus corações apenas o conteúdo da ambição, tendo em conta que estão esquecidas do verdadeiro sentido da vida – o amor e a fraternidade – os fatores capazes de libertar seus espíritos endividados.
Dói no coração daqueles trabalhadores ver a humanidade fortalecida no egoísmo e na vaidade, pensando apenas em construir riquezas, mal sabendo que a verdadeira riqueza é a pureza da alma, é a aquisição da humildade e simplicidade, do amor fraterno às criaturas.
De que adianta tanto avanço da ciência se os homens se encontram como cadáveres putrefatos pela ambição? A vida é tão passageira, nada disso se leva daqui! O verdadeiro sentido da vida é o trabalho no bem, é a contribuição fraterna, é o reconhecimento de ver os semelhantes, na rua ou no trabalho, como irmãos. Infelizmente, a humanidade continua com o coração fechado para as verdades do Evangelho, única fonte de libertação das energias que corrompem a alma.
Prestem atenção aos ensinamentos do Mestre Jesus, pois eles são roteiro de vida e de luz. Deixem-se sustentar pelos caravaneiros do bem, que os guiarão à estrada luminosa, aos caminhos do Mestre Jesus. Pelo Evangelho terão a oportunidade de contemplar a beleza do Cristo e chegar aos pés de Deus, nosso pai. A luz guiará todos os seus passos. Ninguém caminhará em trevas, porque o Mestre os acompanhará.
Observem com paciência e clareza os ensinamentos evangélicos, a fim de que possam despir-se da vestimenta grosseira da vaidade e da ambição, dos prazeres passageiros, do luxo, não mais desperdiçando as oportunidades de aplicar o que podem em benefício dos mais necessitados.

Jerônimo Mendonça Ribeiro publicou no grupo JERÔNIMO MENDONÇA RIBEIRO, O GIGANTE DEITADO!

domingo, 21 de setembro de 2014

Nossa Cruz

“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” - JESUS (MARCOS, 8:34)
Ninguém se queixe inutilmente.
A dor é processo.
A perfeição é fim.
Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.
Esse almeja, aquele deve.
E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.
Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.
Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-racional, amontoando problemas sobre a própria cabeça.
Entretanto, acordando para a necessidade da paz consigo mesma, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.
Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.
No círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social,o parente infeliz...
No plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago...
Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso anseio de ressurreição e vitória.
Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar a nossa cruz.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Palavras de Vida Eterna)
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
16 anos estudando e divulgando o Espiritismo

21 de Setembro dia Internacional da Paz

O dia 21 de setembro é considerado o DIA INTERNACIONAL DA PAZ. Em 1981, as nações foram convidadas a celebrar a paz nesse dia por ser o dia em que são iniciados os trabalhos na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse dia é conhecido como um dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo.
Todos os dias a paz deveria ser celebrada. No entanto, a paz é comemorada em dois dias no ano. Em 8 de dezembro de 1967, o Papa Paulo VI publicou uma mensagem na qual instituiu que o primeiro dia do ano civil, ou seja, dia 1º de janeiro, fosse considerado o Dia Mundial da Paz, no qual a paz seria celebrada. Em 1968, portanto, foi celebrado o primeiro Dia Mundial da Paz, então chamado apenas de Dia da Paz. Desde esse ano, o Papa escolhe um tema relacionado à paz, sobre o qual escreve uma mensagem. A mensagem do Papa bento XVI para o ano de 2009 é: Combater a pobreza, construir a Paz.
Em 21 de setembro de 2003, o então secretario – geral da ONU, Kofi Annan, na abertura da Assembléia Geral, passou a seguinte mensagem:
O DIA INTERNACIONAL DA PAZ deve ser também, para a comunidade internacional em geral, uma pausa para reflexão sobre as ameaças e desafios que enfrentamos. Em algumas partes do mundo, há a percepção de que as principais ameaças à paz e à segurança são as novas e potencialmente mais virulentas formas de terrorismo, a proliferação das armas não convencionais, a difusão de redes criminosas internacionais e as maneiras como todos estes problemas se juntam e reforçam mutuamente. Mas, para muitos outros habitantes do nosso planeta, a pobreza, a doença, a privação e a guerra civil continuam a ser as grandes prioridades (2003).
Em 21 de setembro de 2006, Kofi Annan deixaria sua última mensagem, como secretario – geral, em prol da paz:
Para alguns de nós, a paz é uma realidade quotidiana. As nossas ruas são seguras e os nossos filhos vão à escola. Quando o tecido social é sólido, os preciosos dons da paz quase passam despercebidos.
Mas, para um número demasiado elevado de pessoas, no mundo de hoje, esses dons não passam de um sonho irrealizável. Vivem prisioneiras da insegurança e do medo. Estes são a principal razão de ser deste Dia.
Há vinte e cinco anos, a Assembléia Geral proclamou o Dia internacional da Paz, como um dia de cessar-fogo e de não violência em todo o mundo. Desde então, a ONU tem celebrado este dia, cuja finalidade não é apenas que as pessoas pensem na paz, mas sim que façam também algo a favor da paz (2006).
Em 2001, Kofi Annan recebeu o Premio Nobel da Paz. Infelizmente, seus esforços, assim como de outras milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, são pouco diante da fragilidade da paz em nosso planeta.

Não pisemos nas flores do campo!

Um dia Maria caminhava com uma amiga para ir pegar a água preciosa no poço.
Quando Ela viu, na beira da estrada, muitas florezinhas silvestres – porque as flores, elas são insistentes, representam a beleza de Deus e são capazes, mesmo no deserto, de teimar em florir, aqui e ali essa companheira foi na direção dessas poucas florezinhas rasteiras, Maria disse para ele:
-Não pise as flores do chão! Elas são nosso Pai a embelezar nossas vidas e resplandecer nos nossos olhos a grandeza que só Ele sabe doar. Essas florezinhas, se forem pisadas pelos nossos pés, não darão o néctar precioso para as abelhinhas, não será o alimento para o colibri... Não pise as flores do chão.
-Maria, em tudo você vê Deus. Em tudo o que você faz, você sempre vê Deus. Essas flores para mim são apenas flores, mas para você, elas representam uma vida tão extensa, tão fértil ... Eu não vou pisá-las.
Ao afastar-se do local, naquele instante, uma serpente fugiu de entre as flores e atravessou o caminho. A mulher, a jovem mulher, deu um grito de susto:
-Maria, você, me ensinando não pisar as flores, me salvou a vida!
Maria disse:
-Não, minha amiga, quem te salvou a vida foi Deus. Mas, lembre-se de que, assim como as abelhas buscam o néctar precioso e os colibris, nos pistilos das flores, o seu alimento, também os répteis se escondem na sombra do chão. Aprenda a olhar o céu sem descuidar-se da Terra. Olhe aonde seus pés pisam e procure conservar a vida, porque assim você estará conservando a sua própria vida.
E foram buscar a água abençoada. A mulher, insistentemente, olhava para Maria e Maria, olhando para o céu, dizia:
-Obrigada, Senhor! Porque em tudo o que nos cerca existe a sua imensa lição de amor. Obrigada, Senhor, pela vida, obrigada pelas lições que o chão nos ensina, que o céu possa nos aprovar.
Acabou a pequena história. Essa mulher nunca mais, certamente, deve ter pisado as flores do chão. Mas, certamente, deve ter tido muito cuidado com os matos rasteiros que estão às margens do nosso caminho.
Aqueles que estão no nosso caminho são, efetivamente, os companheiros de jornada. Aqueles que estão à margem do nosso caminho são, ás vezes, colaboradores, ou meros espectadores. Mas, quem disse que não podemos ajudar a todos eles nesse processo de serem espectadores? Por que não podemos ajudá-los a ter uma vida mais intensa, mais bela e mais produtiva?
Quanto à nós, sigamos com as lições que Maria nos oferece, na singeleza do seu ser. Não pisemos as flores do campo, porque em todas elas resplandece Deus.
Autor: Bezerra de Menezes

Psicografia de Shyrlene Soares Campos

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mensagem de Eurípedes Barsanulfo

UM MOMENTO DE REFLEXÃO A TODOS COMPANHEIROS DO MOVIMENTO ESPÍRITA E ÀQUELES COMPROMETIDOS COM O MELHOR PARA O PLANETA, AS RELAÇÕES E A SOCIEDADE.

Diante dessa crise que se abate sobre nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé e de coragem e estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número possível de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.
Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.
Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando a realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.
Somente através da esperança conseguiremos de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.
Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé. Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar.
Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam, muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.
Diante desse quadro de forças negativas tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever urgente de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações rudes, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação, precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.
Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.
Sejamos solidários sim com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas que também a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.
Não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.
Eurípedes Barsanulfo

(Psicografada pela médium Suely Caldas Schubert, em 14 de setembro de 1983, no Centro Espírita Ivon Costa, em Juiz de Fora, MG)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Humildade

A humildade, por força divina, reflete-se, luminosa, em todos os domínios da Natureza, os quais expressam, efetivamente, o Trono de Deus, patrocinando o progresso e a renovação.
Magnificente, o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu. Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a fim de que o homem recomece a lida.
A carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surge na alma humana qual doentio enquistamento de sentimentos, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinqüência em todas as direções.
Sem o reflexo da humildade, atributo de Deus no reino do "eu", a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam, despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão, dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da vida.
Sob o fascínio de semelhante negação, ergue azorragues de revolta contra todos os que lhe inclinem o espírito ao aproveitamento das horas, já que, sem o clima da humildade, não se desvencilha da trama de sombras a que ainda se vincula, no plano da animalidade que todos deixamos para trás, após a auréola da razão.
Possuída pelo espírito da posse exclusivista, a alma acolhe facilmente o desespero e o ciúme, o despeito e a intemperança, que geram a tensão psíquica, da qual se derivam perigosas síndromes na vida orgânica, a se exprimirem na depressão nervosa e no desequilíbrio emotivo, na ulceração e na disfunção celular, para não nos referirmos aos deploráveis sucessos da experiência cotidiana, em que a ausência da humildade comanda o incentivo à loucura, nos mais dolorosos conflitos passionais.
Quem retrata em si os louros dessa virtude quase desconhecida aceita sem constrangimento a obrigação de trabalhar e servir, a benefício de todos, assimilando, deste modo, a bênção do equilíbrio e substancializando a manifestação das Leis Divinas, que jamais alardeiam as próprias dádivas.
Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem.
Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa do amor, cada dia...
Refletindo-a, do Céu para a Terra, em penhor de redenção e beleza, o Cristo de Deus nasceu na palha da Manjedoura e despediu-se dos homens pelos braços da Cruz.
XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

* * * Estude Kardec * * *

domingo, 14 de setembro de 2014

Meimei, a protetora das crianças e dos jovens

MEIMEI (IRMÃ DE CASTRO ROCHA), (*22/10/1922 - +01/10/1946)!
Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc... e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças. Meimei nasceu em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme - MG e transferiu residência para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, no dia 01 de Outubro de 1946, na cidade de Belo Horizonte-MG, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crônica.
A ORIGEM DA DOENÇA
Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana.
O SOFRIMENTO
Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.
O DESENCARNE
Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
SURGE CHICO XAVIER
Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!"
E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.
Enfim, para concluir, resta apenas dizer que "Meimei" era um apelido carinhoso que o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.
(Meimei - expressão chinesa que significa "amor puro")!
MATERIALIZAÇÃO DE MEIMEI
"Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e, elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei feia!"
Texto de Arnaldo Rocha. Trecho do livro "Chico Xavier - Mandato de Amor". União Espírita Mineira - Belo Horizonte, 1992.