Silêncio é o eco reflexivo interior, o
vôo da solidão gigante, o grito eloqüente no auge da dor, o clamor do oprimido,
a expressão criadora do poeta. O silêncio é a ausência de barulho, sons, vozes
e ruídos, segundo a definição de dicionários e enciclopédias. Do ponto de vista
da espiritualidade, o silêncio é força e caminho propício à introspeção e à
meditação. O silêncio dos imensos desertos, por onde caminham os peregrinos, em
busca da fonte inesgotável de paz e harmonia.
O silêncio que nos acompanha na
intimidade e está conosco no instante final, companheiro e guia no caminho da
eternidade.
Silêncio é a força misteriosa, repleta
de sutilezas e transparências, que nos dá a medida exata da pureza, da
humildade, da riqueza interior.
Sem o silêncio a alma fica pequena.
"Há o
silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o silêncio
rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio imbecil, o
silêncio do desprezo.”
Há pessoas que matam com seu silêncio.
Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.
O silêncio mais puro é aquele que guarda
a confidência.
Este silêncio jamais é excessivo.
Não se deve apregoar aos quatro ventos o
que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.
O silêncio mais sábio é aquele que
fazemos diante dos impertinentes, intolerantes e desbocados.
É o silêncio do Cristo inocente diante
dos acusadores, o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita
capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.
Calar da maneira certa é deixar que uma
voz mais profunda seja ouvida.
A voz severa, a voz serena, a voz suave
e firme da verdade.
Jerônimo
Mendonça Ribeiro publicou no grupo JERÔNIMO MENDONÇA RIBEIRO, O GIGANTE
DEITADO!
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