APOIO
VIVO
"Tratamos aqui da coragem para o bem, porque o bem exige
coragem para ser feito."
Atitude
imperfeitamente conhecida, raramente praticada.
Não se constitui
apenas de fé, não obstante a fé se lhe mantenha por raiz de sustentação.
Não é tão
somente esperança, conquanto a esperança lhe assegure a seiva de força.
Tratamos
aqui da coragem para o bem, porque o bem exige coragem para ser feito.
Enfeita-se
o mal de mil modos com os adornos do bem, de tal sorte que para extirpá-lo da
vida a fim de que o bem verdadeiro se levante na alma, é imprescindível, em
muitas ocasiões, até mesmo a coragem de ser só, qual aconteceu com Jesus no
último dia de sua luta pela verdade.
Em
numerosas reencarnações, temos interpretado a coragem como sendo arremesso do
espírito para a destruição.
Partilhamos
guerras de extermínio, crueldades, delitos, depravações, arvorando-nos em
campeões da coragem quando não passávamos de malfeitores acobertados pela falsa
legalidade de estatutos forjados na base da delinqüência.
Convertíamos
o clarão da crença em labaredas da violência, transfigurávamos o alimento da
esperança em veneno da ambição desregrada e, no pressuposto de sermos firmes e
corajosos, nada mais fazíamos que inventar a invigilância que nos impeliu à
fossa das grandes culpas, em cujo lodo nos refocilamos durante séculos de
sofrimento reparador.
Desse
modo, aprendemos hoje com a Doutrina Espírita, a coragem que Jesus exemplificou,
a expressar-se no valor moral de quem atribui a Deus todas as bênçãos da vida,
para canalizar as bênçãos da própria vida a serviço da felicidade geral.
Coragem
de apagar-nos e esquecer-nos, para que o ensinamento se estenda e triunfe
soerguendo o nível de entendimento e elevação para todos, muito embora
trabalhando e servindo constantemente sem nada pedir para nós.
Coragem
de silenciar e coragem de falar no momento oportuno.
Coragem
de fazer ou deixar de fazer, coerentes com o ensino do Mestre quando nos
mostrou que uma só consciência tranqüila, na execução do dever ante a
Providência Divina, pode mais que a multidão.
Coragem
como apoio vivo capaz de viver para o bem dos outros e também de desencarnar,
quando preciso, para que os outros não sejam dominados pelo mal que nos impõe a
morte.
Coragem
sim. Coragem de sermos bons e simples, afetuosos e leais, porque hoje
entendemos, no Evangelho Restaurado, que bastam audácia e manha para dominar os
outros, mas somente à custa da coragem que o Cristo nos legou é que
conseguiremos a vitória em nós e sobre nós, para que nos coloquemos ao encontro
da Grande Vida que estua além da vida terrestre.
pelo Espírito André Luiz - do livro Sol na Almas, médium Waldo
Vieira, edição CEC