O
ESPIRITISMO É A LUZ
O
Espiritismo se nos apresenta como o roteiro de segurança para o equilíbrio do
espírito do homem.
Desfazendo
as ilusões da matéria e vencendo as sombras transitórias que vedam as visões do
Mundo Espiritual, apresenta-nos as causas reais de cujos efeitos e somente
neles, até agora, se há detido o pensamento da pesquisa tecnológica; suas
asseverações rigorosamente filosóficas conseguiram avançar além da própria
Filosofia no seu conjunto classicista, porque, em saindo da interrogação pura e
simples, da indagação meramente vazia e das conjunturas da hipóteses, traz das
realidades metafísicas as soluções morais e vitais para o enigma-homem, que se
deixa de quedar perturbado pelas incógnitas diversas, para palmilhar a senda
dos fatos, de cujo contexto extrai a realidade ontológica legítima que o
capacita a avançar intimorato, embora as circunstâncias, condições e climas
morais, sob cuja constrição evolui na direção do infinito. Sim, porque não são
os homens que realizam espontaneamente incursões no além-túmulo, mas, e
principalmente, os vitoriosos da sepultura vencida que retornam, cantando a
ressurreição da vida após a lama e a cinza do corpo, a repetirem
incessantemente a lição imorredoura do Cristo, na manhã gloriosa do domingo,
logo após a sua morte, como Astro fulgurante, atestando desse modo a
indestrutibilidade do espírito e, consequentemente, as sucessivas
transformações da vida para atingir a sublimação.
Religião
do amor e da esperança, pábulo eucarístico pelo qual o homem pode comungar com
a imortalidade, é o lenitivo para a saudade do desconforto ante a ausência dos
seres amados que o túmulo arrebatou, mas não lhes conseguiu silenciar a voz;
esperança dos padecentes que sofrem as ácidas angústias de hoje, compreendendo
serem elas o resultado da própria insânia do passado, porém, com os olhos fitos
na esplendorosa visão do amanhã, que lhes está nas mãos apressar e construir;
praia de paz, na qual repousam em dinâmica feliz os nautas aflitos e cansados
do trânsito difícil no mar das lutas carnais; santuário de refazimento através
da prece edificante; escola de almas, que aprendem no estudo das suas informações
preciosas e das suas lições insuperáveis a técnica de viver para fruírem a
benção de morrer nobremente; hospital de refazimento para os trânsfugas do
dever, que nele encontram o bálsamo para a chaga física, mental, moral;
todavia, recebem a diretriz para amar e perdoar, a fim de serem perdoados e
amados pelos que feriram e infelicitaram; ‘colo de mãe’ generosa é o amparo da
orfandade, preparando-a para o porvir luminoso, já que ninguém é órfão do amor
do Nosso Pai; abrigo da velhice, portal que logo abrirá de par-em-par a aduana
da Imortalidade; oficina de reeducação onde a miséria desta ou daquela natureza
encontra a experiência do trabalho modelador de caracteres a serviço das
fortunas do amor; traço de união entre a criatura e o Criador, religando-os e
reaproximando-os, até que a plenitude da paz possa cantar em cada criatura, à
semelhança do que o Apóstolo das gentes afirmava: ‘Já não sou eu quem vivo, mas
é o Cristo que vivem em mim’. (Gálatas, 2: 20).
As altas
responsabilidades consequentes do conhecimento do Espiritismo, forjam homens
verazes, cristãos legítimos. Neles não há campo para a coexistência pacífica do
erro com a retidão, da mentira com a verdade, da dissimulação com a
honestidade, da lealdade com a hipocrisia, da maledicência com a piedade
fraternal, da ira com o amor...
Compreendendo
que ser espírita é traçar na própria conduta o comportamento do Cristo, a
exemplo de todos aqueles que O seguiram, e consoante preceitua o eminente
apóstolo Allan Kardec, o aprendiz da lição espírita é alguém em combate
permanente pela própria transformação moral, elevação espiritual e renovação
mental, com vistas à perfeição que a todos nos acena e espera.
pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, Do Livro: Nos
Bastidores da Obsessão, Médium: Divaldo Franco
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