Várias vezes já têm sido repetidos os ensinamentos que estou
transmitindo sobre as provações terrenas de cada indivíduo.
Muito antes da encarnação, o Espírito faz o cômputo de suas
possibilidades, estuda o caminho que melhor se lhe afigura na luta da
perfectibilidade e, de acordo com as suas vocações e segundo o grau de evolução
já alcançado, escolhe, em plena posse de sua consciência, a estrada que se lhe
desenha no porvir, fecunda de progressos espirituais.
Dentro do infinito do Universo e com as faculdades integrais do
seu próprio “eu”, reconhece a alma que somente a luta lhe oferta inúmeras
possibilidades de evolução, em todos os setores da atividade humana; e, daí, a
preferência pelos ambientes de dor e privação, abençoados corretivos que a
Providência lhe oferece para a redenção do passado ou para o desenvolvimento
das suas forças latentes e imprecisas; cada Espírito, voluntariamente, escolhe
as suas sendas futuras, conforme o seu progresso e de acordo com os desígnios
superiores.
O
ESQUECIMENTO DO PASSADO
Na existência corporal, todavia, a alma sente a memória
obscurecida, num olvido quase total do passado, a fim de que os seus esforços
se valorizem; a consciência então é fragmentária, parcial, porquanto as suas
faculdades estão eclipsadas pelos pesados véus da matéria, os quais atenuam ao
mínimo as suas vibrações, constituindo, porém, esses poderes prodigiosos, mas
ocultos, as extraordinárias possibilidades da vasta subconsciência, que os
cientistas do século estudam acuradamente.
Tais forças e progressos adquiridos, o Espírito jamais os perde;
são parte integrante do seu patrimônio e, na vida material, podem emergir no
exercício da mediunidade, nas hipnoses profundas, ou em outras circunstâncias
que facilitam o desprendimento temporário dos elementos psíquicos.
“Emmanuel” – Chico Xavier /
Emmanuel
Nenhum comentário:
Postar um comentário