“Portanto, o que Deus ajuntou não o
separe o homem.” – Jesus. (Mateus, 19:6.)
A palavra
divina não se refere apenas aos casos do coração. Os laços afetivos
caracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais ou
domésticos sempre atendem a superiores desígnios. O homem não ludibriará os
impositivos da lei, abusando de facilidades materiais para lisonjear os
sentidos. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a própria
existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre, corrigindo e
restaurando...
A advertência
de Jesus, porém, apresenta para nós significação mais vasta.
“Não separeis o
que Deus ajuntou” corresponde também ao “não perturbeis o que Deus harmonizou”.
Ninguém alegue
desconhecimento do propósito divino. O dever, por mais duro, constitui sempre a
Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a menos que
esteja o homem dormindo no nível do bruto, permanece apta a discernir o que
constitui “obrigação” e o que representa “fuga”.
O Pai criou
seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem
comum.
Quem
desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição. Quem lesa o Pai,
algema o próprio “eu” aos resultados de sua ação infeliz e, por vezes, gasta
séculos, desatando grilhões...
Na atualidade
terrestre, esmagadora percentagem dos homens constitui-se de milhões em serviço
reparador, depois de haverem separado o que Deus ajuntou, perturbando, com o
mal, o que a Providência estabelecera para o bem.
Prestigiemos as
organizações do Justo Juiz que a noção do dever identifica para nós em todos os
quadros do mundo. Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas
seremos invariavelmente forçados a repará-las com suor e lágrimas.
Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier /
Emmanuel
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