sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Harmonia e Espiritualidade

“Toda vez que ouvimos uma bela música, selecionamos uma impressão que se entrelaçará com a harmonia do nosso desenvolvimento”.  F. A. Newhouse

Atualmente, a humanidade anseia pela harmonia. Diante dos percalços cotidianos, das vicissitudes e tantos outros fatores, o ser tem buscado o caminho para o equilíbrio. A respeito da harmonia reportemos aos pensadores e seus ensinos, que atravessam gerações, em que a harmonia é uma conquista diária.

Através do exercício da paciência, da tolerância, do perdão e da compreensão, por exemplo, o homem consegue viver melhor consigo e com todos ao seu redor. É como uma paisagem representada numa tela: as cores e as formas não brigam entre si, mas se combinam, se completam e se complementam.

Nos diversos campos da sociedade viver em harmonia é uma questão fundamental. A harmonia estabelece uma conjuntura de qualidades que transmitem coerência e sentimentos agradáveis ao meio em que é implantada.

Antigamente, a harmonia era algo vago e específico a cada área de atuação do ser humano, mas hoje, quando se fala de harmonia e espiritualidade é possível compreender a extensão imensurável que isso significa. A harmonia aliada à espiritualidade consegue fazer com que o indivíduo se perceba e tudo mais que existe e acontece à sua volta sabendo como lidar com as mais adversas situações.

A harmonia ao passo que tranquiliza, quando espiritualizada ela repercute atingindo um raio que jamais poderia ser atingido a não ser pelas vias infinitas e iluminadas da espiritualidade que é um clarão a abrasar a Terra e a todo o espaço, num verdadeiro efeito de contágio apenas com a ressalva de que está voltado ao bem.

Como viver em harmonia quanto tudo o que acontece parece antagônico a esse ideal? Como ter harmonia em meio a tantas violências, tantos preconceitos, tantas injustiças e tantas corrupções?

A resposta cabível é de que quanto mais o homem emprega esforços para transformar a si próprio o coletivo sofre as consequências. É como alguém que está cercado de pessoas em um quarto completamente escuro e de repente resolve acender uma vela. A vontade é o fósforo e a chama a consequência dessa vontade que não apenas clareia, ou seja, beneficia a quem tem a iniciativa de acender a chama como também a todos que por algum momento habitavam em total negritude.

Harmonia e espiritualidade caminham juntas e se comprazem do que cada ser tem de melhor. Por meio dessa aliança a criatura consegue discernir o certo do errado, o verdadeiro do duvidoso e consegue galgar melhores caminhos favoráveis ao seu aprimoramento e desenvolvimento moral e espiritual.

Segundo Allan Kardec, Reconhece-se o verdadeiro espírita pelos esforços que emprega para domar as más inclinações. Isso é buscar harmonia, isso é viver a verdadeira origem: espiritual.
Nas artes, a harmonia está presente quando há beleza na obra do artista. Em todos os campos da vida deve ser cultivada essa beleza. A música, por exemplo, atribui o termo harmonia à combinação dos seus elementos constitutivos (sons) que geram sensações agradabilíssimas aos seus ouvintes e os tornam seus apreciadores. Na poesia há o harmônico no emprego das palavras que se combinam e que metricamente estabelecem uma onda linear e celeste. Na pintura, os tons e os objetos estabelecem entre si um pacífico diálogo e isso torna a tela atraente, encantadora e por tanto, harmônica.

Por tudo isso, a criatura deve procurar as notas suaves e criar a harmonia que preenche a alma e a espiritualidade que somará forças e transformará as sementes do caminho em árvores frondosas verdejantes de esperança e frutíferas em evolução porque o ser está destinado ao progresso e para isso tem o apoio da harmoniosa e espirituosa força de Deus.

Autor (a): Anatasha Meckenna
Revista Cultura Espírita – Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB) – Ano: IV – nº 45 – página: 11 – Dezembro/2012.
Livros Pesquisados:
LINGERMAN, Hal A. – As Energias Curativas da Música – Editora Cultrix – Página: 17 – São Paulo/1983.

KARDEC, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – Tradução de Guillon Ribeiro – Edição 102 – Editora: Federação Espírita Brasileira (FEB) – Cap.: XVII – Item: 04 – Página: 288 – Rio de Janeiro/1990

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