Pergunta
– O
futuro, de um modo geral, estará rigorosamente determinado, como parece demonstrado
pelos fenômenos ditos premonitórios, ou esses fenômenos envolvem um determinismo
conciliável com os dados imediatos da consciência sobre os quais são geralmente
estabelecidas as noções de liberdade e responsabilidade individuais? E em que
termos, nestes últimos casos, se exerce esse determinismo, do ponto de vista teleológico?
Resposta
– Os
seres da minha esfera não conhecem o futuro, nem podem interferir nas coisas
que lhe pertencem. Acreditamos, todavia, que o porvir, sem estar rigorosamente determinado,
está previsto nas suas linhas gerais.
Imaginai um homem que fosse efetuar uma viagem.
Todo o seu trajeto está previsto: dia de partida, caminhos, etapas, dia de
chegada. Todas as atividades, contudo, no transcurso da viagem, estão afetas ao
viajante, que se pode desviar ou não do roteiro traçado, segundo os ditames da
sua vontade. Daí se infere que o livre-arbítrio é lei irrevogável na esfera
individual, perfeitamente separável das questões do destino, anteriormente
preparado. Os atos premonitórios são sempre dirigidos por entidades superiores,
que procuram demonstrar a verdade de que a criatura não se reduz a um complexo
de oxigênio, fosfato, etc., e que, além das percepções limitadas do homem físico,
estão as faculdades superiores do homem transcendente.
O TEMPO E O ESPAÇO
Pergunta
– O
espaço e o tempo serão apenas formas viciosas do intelecto, ou terão uma expressão
objetiva no esquema da realidade pura? E, neste último caso, quais serão as relações
fundamentais entre espaço e tempo?
Resposta
– No
esquema das realidades eternas e absolutas, tempo e espaço não têm expressões
objetivas; se são propriamente formas viciosas do vosso intelecto, elas são precisas
ao homem como expressões de controle dos fenômenos da sua existência. As figuras,
em cada plano de aperfeiçoamento da vida, são correspondentes à organização através
da qual o Espírito se manifesta.
“Emmanuel” – Chico Xavier
/ Emmanuel
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