“Não
esmagará a cana quebrada e não apagará o morrão que fumega, até que faça
triunfar o juízo.” – (Mateus, 12:20.)
Evita as sentenças definitivas, em face
dos quadros formados pelo mal.
Da lama do pântano, o Supremo Senhor
aproveita a fertilidade.
Da pedra áspera, vale-se da solidez.
Da areia seca, retira utilidades
valiosas.
Da substância amarga, extrai remédio
salutar.
O criminoso de hoje pode ser prestimoso
companheiro amanhã.
O malfeitor, em certas circunstâncias,
apresenta qualidades nobres, até então ignoradas, de que a vida se aproveita
para gravar poemas de amor e luz.
Deus não é autor de esmagamento.
É Pai de misericórdia.
Não destrói a cana quebrada, nem apaga o
morrão que fumega.
Suas mãos reparam estragos, seu hálito
divino recompõe e renova sempre.
Não desprezes, pois, as luzes vacilantes
e as virtudes imprecisas. Não abandones a terra pantanosa, nem desampares o
arvoredo sufocado pela erva daninha.
Trabalha pelo bem e ajuda
incessantemente.
Se Deus, Senhor Absoluto da Eternidade,
espera com paciência, por que motivo, nós outros, servos imperfeitos do
trabalho relativo, não poderemos esperar?
Caminho,
Verdade e Vida – Chico Xavier / Emmanuel
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