terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dramas familiares

Para compreendermos as dificuldades ocorridas na família, é preciso ampliarmos a visão de família e raciocinarmos acerca da natureza do espírito.

Bem como da lógica e do propósito da reencarnação. Antes de qualquer coisa, é necessário nos situarmos em que tipo de planeta estamos.

Como nos diz Kardec em O Livro dos Espíritos, não é possível, no estado de imperfeição em que nos encontramos, gozar de uma vida isenta de amarguras.

Além disso, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, entendemos a qualidade deste planeta que nos concede a possibilidade de crescer.

Dito isso, o que é fundamental diz respeito à maneira como encaramos as dificuldades.

Se as classificamos como castigos, como meras contrariedades, perderemos a finalidade da nossa estadia aqui na Terra e certamente não conseguiremos entender os conflitos familiares.

A família não é o resultado de uma mera reunião fortuita, onde os espíritos se agrupam aleatoriamente. Antes de nascermos, escolhemos nossas provas de acordo com as nossas faltas, segundo O Livro dos Espíritos.

Sendo assim, podemos nos reunir num grupo familiar por simpatia ou por comprometimentos anteriores que o nosso livre-arbítrio contraiu.

Neste contexto, a família atende a uma finalidade clara, que é conceder a um grupo de espíritos a oportunidade de ajustamento recíproco, lembrando que a reconciliação, o encontro entre espíritos que se prejudicaram outrora, não representa apenas um sinal de evolução individual.

Mas, ao se ajustarem, dois seres ou mais concorrem para o crescimento e o equilíbrio do próprio planeta. As dificuldades em família representam a oportunidade de combatermos gradativamente o egoísmo, mas para isso é preciso enxergar o grupo familiar na acepção espírita do termo.

O espiritismo traz à tona a lógica reencarnatória como único recurso possível de transformarmos o que era nocivo em algo saudável.

Como amar um ser a quem votamos antipatia e desprezo, por exemplo, num intervalo curto de tempo, como se fosse um processo mágico?

Energeticamente, os fluidos que emitimos na direção daqueles que não simpatizamos são muito densos e, para serem transformados, há necessidade de que a sabedoria das leis divinas atue através do tempo.

No fundo, problemas são o resultado da significação particular que damos aos acontecimentos da vida.

Kardec, após a pergunta 852 de O Livro dos Espíritos, coloca: 
  "As idéias exatas ou falsas que fazemos das coisas nos levam a ser bem ou mal sucedidos, de acordo com o nosso caráter e a nossa posição social.” 
“Achamos mais simples e menos humilhante para o nosso amor-próprio atribuir antes à sorte ou ao destino os insucessos que experimentamos do que à nossa própria falta". 


Texto retirado do livro Orientações Espíritas, Coleção Sem Mistérios, Editora Escala.

 http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/dramas-familiares/#ixzz2n6woeCfK

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