Mediunidade ou percepção extrassensorial são nomes
diferentes para a mesma situação: a
capacidade de perceber o mundo dos espíritos. Ela está presente na casa de
ricos, pobres, cultos, incultos, como que a alertar para uma realidade que
teimamos em ignorar. Como lidar com esta situação?
Muitos são os casos de pessoas com sintomas estranhos, sensações
esquisitas que lhes causam mal-estar físico e psíquico. Procuram nos gabinetes médicos
a solução para seus males, sem conseguirem, na grande maioria dos casos, atinar
com as causas deles. Geralmente, depois de grande peregrinação, essas pessoas
acabam por pedir ajuda em uma associação espirita, adentrando neste local
muitas vezes contra a vontade, forçada pelas circunstancias.
Após orientação doutrinaria, estudo, aprendizado, apoio
espiritual e muita paciência, a pessoa aprende a lidar com essa nova situação,
para a qual não estava preparada. Muitas buscam a solução de seus males em charlatães,
que, à custa de muito dinheiro, prometem a cura de tudo e mais alguma coisa. Desenganem-se
os incautos, pois a mediunidade ou percepção extrassensorial não tem cura, já
que não é nenhuma doença!
Recordamos uma entrevista que o prof. Dr. Mario Simões,
medico, psiquiatra e professor universitário, concedeu à revista Notícias Magazine em março de 1998, onde
afirmava que as associações espiritas desempenhavam grande serviço junto à
comunidade, pois conseguiam lidar com situações para as quais o meio cientifico
não estava preparado. Foi um reconhecimento corajoso o deste medico, que, não sendo
espirita, decerto se depara todos os dias com clientes que possuem sintomas
desse gênero.
NECESSIDADE DO
CONHECIMENTO
A mediunidade é, pois, uma faculdade humana, uma espécie de
sexto sentido que todos nós possuímos. Alguns a têm em estado latente,
adormecida, enquanto outros têm essa faculdade bem desabrochada (os chamados
médiuns) ou em outra fase inicial, na qual desponta. Como é logico, o homem que
se encontra imerso nos problemas do cotidiano e não cogita sua condição espiritual,
não sabe lidar com esta situação nova, refletindo isso em seu bem-estar
psicofísico. Portanto, há a necessidade do aprendizado para que, aos poucos,
essa faculdade nova deixe de ser um elemento perturbador e passe a ser mais um
sentido que a pessoa possui, muito útil à sua evolução espiritual e para o auxílio
ao próximo.
Sendo uma faculdade normal, a mediunidade tem despontado
em todos os lares, de ricos e pobres, de pessoas cultas e com menos cultura,
como um alerta que o mundo espiritual manda para todos nós constantemente, a
fim de que abramos nossa mente para outro estilo de vida mais compatível com
nossa condição de seres eternos. Com a mediunidade, o plano espiritual lembra a
humanidade que a vida continua após a morte do corpo físico, chamando a atenção
dos homens para varias leis que regem o intercambio entre o mundo corporal e o
espiritual, além da necessidade de sua renovação interior para buscar a
felicidade de sua renovação interior para buscar a felicidade própria e alheia.
Vários casos curiosos têm acontecido tanto em nossa associação,
nas Caldas da Rainha, como em outras aqui em Portugal e nesse mundo afora. Pessoas
aparentemente desequilibradas por algo que não dominam e facilmente catalogadas
como “doentes dos nervos” tornam-se pessoas “normais” após aprenderem a lidar
com essa nova situação em sua vida. Portanto, temos o Espiritismo como precioso
auxiliar da medicina na compreensão do homem integral, bem como no entendimento
de todas as intercorrências relacionadas com sua saúde mental e física.
Tempos atrás, uma senhora entrou de urgência no hospital
de nossa cidade. Alertados por uma militar de que essa pessoa iria ser
transferida para Coimbra com informação de patologia psiquiátrica e sabendo que
ela não possuía nenhum desses problemas, pois estava apenas passando por um desequilíbrio decorrente
de situações conflituosas em sua vida, fomos em direção ao hospital. Felizmente
estava em serviço uma medica conhecida nossa que era sensível a estas situações
porque já tivera ocorrências na família, nas quais seres falecidos se
comunicavam com sua avó, que era médium sem saber. Pedimos a esta medica se poderíamos
ficar breves momentos com a “doente” em um corredor contiguo à urgência e,
passando pouco tempo, ela estava boa, perante o espanto dos clínicos restantes.
Teve alta e regressou a casa.
ESTUDO DA MEDIUNIDADE
Posteriormente, ao falarmos com uma medica estagiaria e
contarmos esta situação, ela disse que, de fato, acontecem coisas muito
esquisitas nas urgências e que seria bom ter alguém das associações espíritas
presente para auxiliar. Diante disso, sorrimos perante a inevitabilidade que
bate à porta dos médicos hoje: a necessidade de estudarem a mediunidade para
entenderem melhor seus doentes. Felizmente, já existem vários médicos em
Portugal que conhecem a mediunidade, que sabem da possibilidade do contato com
o mundo espiritual e que orientam as pessoas portadoras dessa perturbação passageira
a procurarem associações espíritas idôneas, nas quais não existe comercio nem aceitação
de pagamentos.
Como curiosidade e a corroborar o que aqui afirmamos, a
Fundação Bial tem financiado varias bolsas de estudo para pesquisa cientifica
na área da paranormalidade. Ressaltamos o caso de uma medica psiquiatra de
Lisboa que ganhou uma bolsa de investigação cientifica na área da mediunidade,
na qual vários médiuns serão analisados e investigados para se entender esta
faculdade que, cada vez mais, entra nas casas de todos nós.
Por fim, sugiro aos interessados a leitura de “O Livro
dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns”, ambos de Allan Kardec, duas obras fantásticas
e essenciais para um melhor entendimento da mediunidade, bem como a visita aos
sites: www.terravista.pt/bilene/3095
e www.terravista.pt/nazare/1101
Revista – Caminho Espiritual – Editora Minuano
Nenhum comentário:
Postar um comentário