quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Que se deve entender por Infinito?



2 - QUE SE DEVE ENTENDER POR INFINITO?
“O que não tem começo nem fim: o desconhecido;
tudo o que é desconhecido é infinito.”
(O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 2)
A GRANDEZA DO INFINITO
O infinito, como que desconhecido para todos nós, é a casa de Deus, cujas divisões escapam aos nossos sentidos, mesmo os mais apurados. O Pai Celestial está, por assim dizer, no centro de todas as coisas que existem e, ainda mais, se encontra onde achamos a permanência do nada.
Se acreditamos somente naquilo que vemos e que tocamos, somos os mais infortunados dos seres, pois, desta forma agem também os animais. A razão nos diz, e a ciência confirma pelas inúmeras experiências dos próprios homens, que o desconhecido tem maior realidade. O que as almas encarnadas não vêem e não podem tocar definem a existência de força energética, senão inteligência exuberante, capaz de nos mostrar a verdadeira grandeza do infinito em todas as direções do macro e do microcosmo.
Se sentimos dificuldade para definir o que é a vida, certamente não sabemos explicar o que é o infinito, que está configurado na ordem dos mistérios de Deus. Compete a nós outros darmos as mãos em todas as faixas da existência e alistarmo-nos na escola do Senhor sem perda de tempo, sem desprezar o espaço a nós oferecido, por misericórdia do Criador.
Estamos situados em baixa escala, no pentagrama evolutivo. Falta-nos a capacidade de discernir certas leis que regem o universo, como as leis menores que nos sustentam todos em plena harmonia, como microvidas nos céus da Divindade.
Devemos estudar constantemente, cada vez mais, no grande livro da natureza, cujas páginas somente encontraremos abertas, pela visão do amor. Nada errado existe na lavoura universal, o erro está em quem o encontra.
Basta pensarmos que o perfeito nada faz sem o timbre da sua perfeição, para crermos que tudo se encontra onde deve estar e onde a vontade do Senhor desejar.
Vivemos em um mundo de duras provas, de reajustes em busca da harmonia. O Cristo é a porta dessa felicidade, nos ensinando a conquistar este estado d’alma com as nossas próprias forças, porque Deus sempre faz primeiro a sua parte em nosso favor, em favor de todos os seus filhos. Ninguém é órfão da Bondade Suprema.
O infinito é infinito para nós; para Deus é o seu Lar, onde vibra o amor e onde o perfume exalante é a alegria na sua pureza singular. É de ordem comum nos planos superiores, que devemos começar pelas lições mais elementares, que nos despertam o coração, primeiramente, para a luz do entendimento.
Querer buscar entender o profundamente desconhecido, sem se iniciar nos rudimentos da educação espiritual, é perder tempo e andar nas perigosas e escuras estradas da ignorância.
Se queremos conhecer alguma coisa, no que se refere ao infinito, principiemos na auto educação dos costumes, observando quem já fez este trabalho, e copiemos suas lutas, que os céus da nossa mente abrir-se-ão e as claridades da sabedoria universal nos banharão com o esplendor da conscientização da Verdade.
Quem deixa para depois o conhecimento de si mesmo e tenta a sabedoria exterior, desconhece a verdadeira porta da felicidade. Cada Espírito é um mundo, um universo em miniatura, onde mora Deus e vibram todas as suas leis, em ação compatível com o tamanho da individualidade. Assim, para entender o infinito da Criação, necessário se faz começar a entender o infinito da alma.
Filosofia Espírita – V. I
João Nunes Maia / Espírito Miramez

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